Após passeata, sem-teto são recebidos na Prefeitura de SP
Representantes das secretarias municipais de Relações Governamentais e de Habitação de São Paulo estão reunidos na tarde desta quarta-feira (26) com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O movimento realizou na manhã de hoje uma passeata do largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, até a sede da administração municipal, no viaduto do Chá, no Centro.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 2.000 pessoas participaram da manifestação. Os integrantes do MTST caminharam pelas avenidas Faria Lima e Rebouças e pela rua da Consolação até chegar à região central.
O MTST reivindica, entre outros pontos, a revogação do Decreto de Utilidade Pública de 2010 que transformaria em parque a área da Nova Palestina, na estrada do M’Boi Mirim, na zona sul. O movimento quer que a área seja destinada à construção de unidades habitacionais. Segundo Francisco Gomes Roldan, um dos coordenadores da ocupação, 10 mil pessoas vivem no local.
Os sem-teto também cobram o cancelamento da desocupação de uma área no Parque Ipê, onde está prevista a construção de uma creche.
Ato do MTST bloqueia vias em SP
A prefeitura diz que as questões também devem ser deliberadas na Câmara Municipal, no âmbito do Plano Diretor.
O movimento mantém as ocupações Dona Deda, Capadócia, Faixa de Gaza, Estaiadinha e Nova Palestina e pede que a prefeitura evite ações de despejo nessas áreas. Outra reivindicação do MTST é o avanço em projetos habitacionais nas áreas do Campo Limpo e Paraisópolis.
Estrada bloqueada
No início da manhã de hoje, outro grupo que também reivindica moradia, bloqueou a rodovia Anhanguera na altura do km 17 por aproximadamente uma hora. Cerca de cem pessoas, segundo estimativa da PM, chegaram à rodovia às 6h50, onde permaneceram até as 7h40, impedindo a passagem dos veículos que seguiam no sentido capital.
O Movimento Luta Popular estima que 450 pessoas participaram do ato. De acordo com Helena Silvestre, coordenadora do movimento, a manifestação foi uma forma de pressionar a prefeitura de Osasco (Grande São Paulo) a negociar com as 680 famílias que ocupam há sete meses um terreno próximo à Anhanguera.
“Sabemos que a ocupação Esperança está em uma área particular e queremos que ela seja desapropriada, mas estamos abertos a dialogar sobre outras áreas que podem ser utilizadas para construir moradia”, declarou Helena. Durante o ato, foram queimados pneus na rodovia para evitar a passagem dos carros.
Protesto fecha rodovia Anhanguera
A prefeitura de Osasco informou que a Justiça já concedeu reintegração de posse aos proprietários do terreno e que, somente após essa decisão, representantes da ocupação procuraram o município.
Eles foram informados que a área não é indicada para uso habitacional de interesse social pelas características topográficas, ambientais e de infraestrutura.
A prefeitura diz que a forma como o movimento atua, ocupando terrenos, infringe os critérios de definição de demanda habitacional em Osasco. (Com Agência Brasil)
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