Polícia de MG encerra buscas sem achar corpo de Eliza Samudio
Após aproximadamente três horas, a Polícia Civil de Minas Gerais encerrou, por volta das 13h desta sexta-feira (25), as buscas pelo corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, em Vespasiano, município da região metropolitana de Belo Horizonte.
Os policiais não encontraram nenhum vestígio do corpo de Eliza no local. Ontem, Jorge Rosa Sales, primo do goleiro, deu entrevista a uma emissora de rádio na qual ele disse qual seria a localização do corpo.
Segundo o delegado Wagner Pinto, que comandou a operação, foi o próprio Sales quem pediu para interromper as buscas. "Ele [Sales] próprio falou que não seria mais necessário dar continuidade às buscas porque o local exato era justamente onde era feita a escavação e nada foi encontrado", disse o delegado.
O local indicado por Sales era um terreno baldio situado entre uma área murada e uma casa. Os policiais encontraram um coqueiro dado pelo primo do goleiro como ponto de referência sobre a localização do corpo.
Questionado sobre o fracasso nas buscas, Pinto levantou três hipóteses. "Se efetivamente [o corpo] não foi encontrado, tem várias hipóteses. Por exemplo, não pode ser aqui o local, ele [Sales] pode ter se confundido e pode ter ocorrido uma retirada posterior do corpo", disse. O delegado, porém, classificou como remota a último possibilidade, pois seria uma ação "ousada".
Wagner Pinto disse que a realização de novas buscas vai depender do primo do goleiro. "Se porventura ele [Sales] apontar outro local, nós iremos verificar se existe algum fundamento".
Primo de Bruno diz estar com o coração apertado
Após o fim das buscas, Sales disse que aquele era o local e que estava triste. "Nós arrastamos o corpo dela até o pé de coqueiro [localizado no terreno onde foram feitas as buscas]. Não tem erro, não esqueço o local”, afirmou.
"Estou chateado e com o coração apertado porque pensei que ia dar um enterro digno para ela [Eliza]. Eu me coloquei no lugar dela. A mãe dela deve estar desesperada porque pensou que ia enterrar a filha, mas agora é colocar na mão de Deus”, disse.
O caso
Bruno foi condenado no ano passado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza.
Sales, que era menor de idade na época do crime, foi condenado e cumpriu medida socioeducativa em Minas Gerais por ter sido considerado culpado no desaparecimento de Eliza. Ele foi solto em setembro de 2012.
O rapaz foi acusado pela polícia de ter presenciado a morte de Eliza na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino da moça.
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