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Após morte de adolescente, ônibus é incendiado em Ribeirão Preto (SP)

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

22/01/2015 16h38

A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) irá analisar imagens de uma câmeras de segurança para determinar a autoria do ataque que incendiou um ônibus na zona norte da cidade. O veículo foi destruído no fim da tarde de quarta-feira (21) e a suspeita é que a ação tenha sido uma represália à execução de um adolescente que mora na região.

Os criminosos aproveitaram-se da parada do coletivo em um ponto, localizado em frente da sede da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), que gerencia o setor na cidade, e mandaram que os passageiros descessem. Depois, colocaram fogo no veículo, que explodiu e ficou destruído.

As imagens da câmera, que fica em frente ao ponto de ônibus e são operadas pela própria Transerp, mostram os passageiros correndo. O motorista, depois de deixar o coletivo, ainda volta ao local para retirar uma pasta e, na sequência, o veículo é queimado.

Segundo a administração municipal, por conta do ataque, quatro linhas que atendem à região, que é a mais populosa da cidade, deixaram de circular depois da ação e durante toda a noite de ontem. Além disso, houve reforço do policiamento preventivo. Hoje, a circulação de ônibus foi normal.

Suspeitos

De acordo com o delegado Ricardo Turra, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), quatro pessoas aparecem nas filmagens --sendo um deles armado, aparentemente com revólver de calibre 38-- durante a ação.

Turra informou que duas pessoas chegaram a ser detidas, mas foram liberadas por falta de provas após prestarem depoimento. "Agora, iremos fazer a análise das imagens e determinar a autoria", informou.

Turra disse ainda que irá apurar, no inquérito que investiga o caso, a possível relação entre o ataque a morte do adolescente.

O adolescente foi baleado na tarde de ontem. "Vamos ver se essa ligação realmente existe. Por enquanto, não podemos descartar nenhuma linha de investigação", disse.