Servidores do Rio protestam contra parcelamento de salários; PM distribui flores
Dezenas de servidores do Estado do Rio de Janeiro ligados ao Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos) protestam em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na manhã desta terça-feira (20). Os servidores estão reunidos em frente ao Palácio Tiradentes, no centro da cidade, desde às 10h, e reivindicam o fim do parcelamento de salários e o pagamento do décimo-terceiro.
No entorno do Palácio Tiradentes, policiais militares revistam mochilas de pedestres na esquina da rua São José, que foi bloqueada. Os policiais também distribuem flores a manifestantes.
O trânsito em parte da rua Primeiro de Março está interrompido desde as 11h15. O Centro de Operações da Prefeitura informa que um trecho da avenida Presidente Antônio Carlos também foi fechado.
Originalmente, o ato havia sido marcado em protesto pela votação de quatro dos 22 projetos do pacote de austeridade enviado aos deputados pelo Governo do Estado. A votação, no entanto, foi adiada para o próximo ano. Com isso, os servidores da Segurança Pública terão reajuste no próximo mês.
O governo pretendia adiar o reajuste para 2020, argumentando que o impacto nas contas públicas será de R$ 1,5 bilhão no ano que vem. A proposta não foi só retirada de pauta, mas também devolvida ao Poder Executivo.
Votação do Orçamento
Nesta terça-feira, deputados votarão o Orçamento do Estado para 2017. O projeto de lei 2.128/16, do Executivo, recebeu 5.066 emendas dos deputados. Nessa segunda, a Comissão de Orçamento da Casa aprovou 89% (4.515) das emendas apresentadas e rejeitou 43, menos de 1% do total.
O projeto original trazia uma previsão de R$ 62,3 bilhões de arrecadação e de R$ 77,6 bilhões de despesas, ou seja, um deficit de R$ 15,3 bilhões. No entanto, de acordo com nova projeção de receita encaminhada na última sexta (16/12) pelo Executivo à Alerj, o valor deve chegar a R$ 19 bilhões em 2017, ou seja, um aumento de R$ 4 bilhões no deficit.
Desde o anúncio do pacote de austeridade, sindicatos e associações de servidores públicos estaduais têm organizado protestos em frente à sede da Alerj. No dia 6 PMs e manifestantes entraram em confronto por mais de cinco horas.
Enquanto os militares jogavam bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, os servidores revidavam chutando as bombas de volta, jogando fogos de artifício contra os agentes e, alguns momentos, cocos encontrados em lixeiras no centro.
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