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RR: IML faz identificação e libera primeiros corpos de presos mortos em massacre

Familiares aguardam notícias sobre presos da penitenciária de Boa Vista - Luan Santos/UOL
Familiares aguardam notícias sobre presos da penitenciária de Boa Vista Imagem: Luan Santos/UOL

Luan Santos

Colaboração para o UOL em Boa Vista

06/01/2017 21h08

A Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima (Sejuc) informou no início da noite desta segunda-feira (06) que o trabalho de identificação e liberação dos corpos dos detentos mortos nesta madrugada na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) começou por volta das 21h30. Até o momento, quatro presos foram reconhecidos e retirados pelas famílias para o sepultamento. 

Os demais corpos devem ser liberados até as primeiras horas deste sábado (07). Para agilizar o trabalho, a equipe do IML foi reforçada com seis peritos e seis auxiliares de necropsia. Até o fim da noite, 22 corpos já haviam sido periciados. 

Familiares das vítimas se aglomeram em frente ao Instituto Médico Legal (IML) em busca de notícias dos seus parentes. "Não sei se está vivo ou morto. Ninguém fala nada, não dá uma informação. Viemos tentar conseguir notícias e vamos ficar aqui até que alguém resolva falar com a gente", disse Flávia Ribeiro, prima de um detento.

Massacre em Roraima

Pelo menos 31 presos foram encontrados mortos na manhã do dia 6 de janeiro na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista. A penitenciária é a maior do Estado. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) de Roraima, havia 1.475 presos na unidade no momento dos crimes de hoje --a capacidade é para 750 detentos. 

Conforme a assessoria de imprensa governo, que negou ter havido uma rebelião ou mesmo fuga, os próprios detentos teriam provocado as mortes durante uma briga de facções. Ainda segundo a assessoria, o caso envolveu presos ligados ao Comando Vermelho e ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção mais numerosa na penitenciária, após alguns deles quebrarem cadeados e invadirem a ala onde ficavam homens de menor periculosidade. A maior parte das vítimas foi decapitada.

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TV Folha