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Bode Mário Márcio é deixado em abrigo com cartão de vacina, roupas e boné

O bode Mário Márcio e Mary Ferreira, idealizadora do Instituto Animal Esperança; ele tem se dado bem com os outros animais da ONG - Divulgação
O bode Mário Márcio e Mary Ferreira, idealizadora do Instituto Animal Esperança; ele tem se dado bem com os outros animais da ONG Imagem: Divulgação

Vitória Alcântara

Colaboração para o UOL, em Maceió

10/01/2021 19h58Atualizada em 11/01/2021 07h36

Acostumada a acolher cães e gatos no Instituto Animal Esperança, em Maceió, Mary Vânia Nogueira Ferreira foi pega de surpresa com o pedido de abrigo para um filhote de bode. O fato inusitado aconteceu na última segunda-feira (4).

"Uma moça chegou aflita, perguntando se eu podia ficar com o animal, pois ela precisava ir com urgência para São Paulo. Pensei que era um cachorro, mas quando olhei era um bode. Levei um susto, não sabia o que fazer", conta Mary, idealizadora da ONG.

O bode, chamado Mário Márcio, tinha os pertences em uma sacola, pendurada em seu pescoço. "Ele estava com o cartão de vacina, remédios, vitaminas, farelo, quatro camisas e um boné", diz Mary Ferreira, que é professora universitária e há anos se dedica à proteção de gatos e cachorros.

O cartão de vacina mostra que Mário Márcio nasceu em 2 de junho de 2020, sem raça definida, que foi vacinado e atualmente pesa pouco mais de 13 quilos. Mas, pelo que conta a responsável pelo instituto, se depender da fome do bode, ele vai engordar logo. "Ele já comeu a grama toda e as plantas, além da ração dele e da dos cachorros." Um bode adulto pesa em torno de 45 quilos e 55 quilos.

O Instituto Animal Esperança abriga 300 cães e 50 gatos, e Mary ficou preocupada com a convivência entre o bode e os outros animais. Ela temia que os cães pudessem atacá-lo.

"Mas está tudo bem. Os cachorros o aceitaram muito bem. As crianças vêm visitar o bode e passeiam com ele no pátio da ONG. À noite, ele se recolhe no quarto e vai dormir. Ah, e toma banho também."

Mary Ferreira disse ao UOL que o bode já conquistou todo o mundo no abrigo. A moça que o deixou lá prometeu voltar para buscá-lo ou levá-lo para São Paulo. Até lá, Mário Márcio, que vem sendo chamado carinhosamente de Zé, está vivendo com os novos amigos de quatro patas.

"Vamos cuidar dele. Aqui em Maceió, um bode solto por aí vai rapidinho para a panela. Não queremos isso para o Zé", afirma.