Em referendo, grande maioria da população das ilhas Malvinas aprova domínio britânico
Os habitantes das ilhas Malvinas aprovaram nesta segunda-feira (11), por maioria esmagadora, a permanência do território sob o domínio britânico, em um referendo destinado a enviar uma clara mensagem à Argentina, que considerou a votação ilegal.
No total, 92% dos 1.672 eleitores das ilhas votaram no referendo, e 99,8% disseram "sim" à permanência das Malvinas como território autônomo britânico, segundo números oficiais.
Apenas três eleitores votaram contra a permanência das ilhas - chamadas Falklands pelos britânicos - sob o domínio do Reino Unido.
O referendo foi convocado pelo governo das ilhas em resposta à reivindicação argentina da soberania das Malvinas e sua contínua exigência ao governo britânico para iniciar uma negociação.
A embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, qualificou o referendo de "manobra midiática e de adiamento". "É uma manobra sem nenhum valor legal, não foi convocado nem supervisionado pelas Nações Unidas".
"São britânicos. Respeitamos seu modo de vida, sua identidade. Respeitamos que queiram continuar sendo britânicos, mas o território que habitam não é", acrescentou Castro.
A Argentina reclama pela via diplomática a soberania sobre o arquipélago austral, após uma guerra com o Reino Unido em 1982 com um saldo de 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
O Reino Unido administra as Falklands desde 1833, mas Buenos Aires reivindica o arquipélago ao considerar como parte do território argentino.
As tensões diplomáticas aumentaram nos últimos anos, especialmente após a descoberta de petróleo próximo do arquipélago, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, tem aumentado suas reivindicações de forma progressiva. (Com Efe e AFP)
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