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Em referendo, grande maioria da população das ilhas Malvinas aprova domínio britânico

Moradores de Port Stanley, capital das Ilhas Malvinas, fazem fila para votar no referendo - Javier Lizón/Efe - 10.mar.2013
Moradores de Port Stanley, capital das Ilhas Malvinas, fazem fila para votar no referendo Imagem: Javier Lizón/Efe - 10.mar.2013

Do UOL, em São Paulo

11/03/2013 23h39Atualizada em 12/03/2013 00h52

Os habitantes das ilhas Malvinas aprovaram nesta segunda-feira (11), por maioria esmagadora, a permanência do território sob o domínio britânico, em um referendo destinado a enviar uma clara mensagem à Argentina, que considerou a votação ilegal.

No total, 92% dos 1.672 eleitores das ilhas votaram no referendo, e 99,8% disseram "sim" à permanência das Malvinas como território autônomo britânico, segundo números oficiais.

Apenas três eleitores votaram contra a permanência das ilhas - chamadas Falklands pelos britânicos - sob o domínio do Reino Unido.

O referendo foi convocado pelo governo das ilhas em resposta à reivindicação argentina da soberania das Malvinas e sua contínua exigência ao governo britânico para iniciar uma negociação.

A embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, qualificou o referendo de "manobra midiática e de adiamento". "É uma manobra sem nenhum valor legal, não foi convocado nem supervisionado pelas Nações Unidas".

"São britânicos. Respeitamos seu modo de vida, sua identidade. Respeitamos que queiram continuar sendo britânicos, mas o território que habitam não é", acrescentou Castro.

A Argentina reclama pela via diplomática a soberania sobre o arquipélago austral, após uma guerra com o Reino Unido em 1982 com um saldo de 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

O Reino Unido administra as Falklands desde 1833, mas Buenos Aires reivindica o arquipélago ao considerar como parte do território argentino.

As tensões diplomáticas aumentaram nos últimos anos, especialmente após a descoberta de petróleo próximo do arquipélago, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, tem aumentado suas reivindicações de forma progressiva. (Com Efe e AFP)