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Atirador mata duas pessoas e deixa feridos em ataque em Toronto

22.jul.2018 - Policiais perto da cena do ataque a tiros em Toronto - Chris Helgren/Reuters
22.jul.2018 - Policiais perto da cena do ataque a tiros em Toronto Imagem: Chris Helgren/Reuters

Do UOL, em São Paulo

23/07/2018 05h04Atualizada em 23/07/2018 13h35

Pelo menos duas pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas em um tiroteio registrado na noite deste domingo (22) em um restaurante de Toronto, a maior cidade do Canadá. O autor dos disparos, cuja identidade ainda não foi revelada, também morreu, segundo a polícia local. 

"Às 22h (hora local) de 22 de julho de 2018, um homem que caminhava sozinho pela avenida Danforth deu vários disparos em grupos de pessoas. Várias pessoas foram atingidas. Dois civis foram feridos fatalmente", informou a Unidade de Investigações Especiais de Ontário.

Segundo a polícia, as vítimas são uma mulher de 18 anos e uma garota de 10.

O atirador foi encontrado morto em um beco sem saída após uma troca de tiros com a polícia, afirmou o porta-voz Mark Saunders, advertindo que ainda é muito cedo para saber os motivos do ataque.

A polícia de Toronto informou que atendeu a uma chamada por volta das 22h locais (23h em Brasília) no distrito de Greektown.

Testemunhas disseram às redes locais que ouviram cerca de 20 disparos e o som de uma arma sendo recarregada várias vezes. "Houve muitos disparos, depois uma pausa, depois mais tiros e, de novo, uma pausa. Devem ter havido uns 20, ou 30, disparos, e nos pusemos a correr", declarou uma testemunha, John Tulloch, citado pelo jornal "Globe and Mail".

Um vídeo publicado na Internet, que depois foi retirado do ar, mostrava um homem vestido de preto aproximando-se de um restaurante e atirando contra o vidro, relatou a Rádio Canadá.

Outra testemunha, Andreas Mantzios, disse à Global News que o agressor descarregou sua arma sobre uma jovem que fugia e, depois, continuou atirando em seu corpo estirado no chão.

'Tragédia' com as armas

O prefeito de Toronto, John Tory, advertiu que o tiroteio deste domingo é "prova de um problema com as armas" nesta cidade. "As armas estão facilmente disponíveis para muitas pessoas", disse Tory em uma entrevista coletiva duas horas depois do tiroteio. "Temos que averiguar o que aconteceu aqui. Não sabemos."

O primeiro-ministro da província de Ontário, Doug Ford, escreveu um tuíte em solidariedade às vítimas: "Meu coração está com as vítimas e os familiares desse terrível ato de violência armada em Toronto. Obrigado a todos que responderam com rapidez e ajudaram todos os afetados".

Toronto é a maior cidade do Canadá, e seus habitantes estão preocupados com o alto número de tiroteios registrados este ano. Cerca de 20 deles tiveram vítimas fatais.

Historicamente, o Canadá tem baixos níveis de violência armada, sobretudo, se comparado com os altos índices nos Estados Unidos, seu vizinho do sul.

Em abril, um homem atropelou várias pessoas com sua caminhonete, deixando dez mortos e 15 feridos, em um dos ataques mais letais no país.

Na semana passada, a polícia de Toronto começou a implementar um plano para reduzir a violência com armas. Essa medida inclui um reforço de 200 agentes no turno de 19h a 3h em alguns dos bairros com maior número de tiroteios. (Com agências internacionais)