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Corte gastos para não precisar de um plano de sobrevivência

Especial para o UOL

07/06/2015 06h00

Se olhamos para trás e verificarmos como nossos avós viveram e, posteriormente, como foi a infância de nossos pais, iremos nos deparar com uma realidade social infinitamente menos confortável que a vida atual.

Comecemos comparando a expectativa de vida daquela época com a atual e constataremos que o acesso aos hospitais e serviços de saúde eram escassos. Ainda assim viviam uma vida muito saudável em inúmeros aspectos. As dificuldades do dia a dia eram imensas.

A luz elétrica, por exemplo, era acessível apenas a uma pequena parcela da população, hoje a maioria absoluta tem eletricidade em casa. Obviamente o acesso aos celulares, bem como a internet e a acessibilidade a inúmeros produtos e serviços não existiam.

Que bom que o mundo evoluiu! Que bom que hoje podemos encontrar café, pão e outros alimentos em muitos pontos de venda, nas esquinas de qualquer bairro. Além disso, é muito fácil fazer a  recarga dos celulares e acessar a internet, mas tudo isso tem um preço.

O preço do conforto é a dificuldade que temos em abandoná-lo e, portanto, temos que batalhar duro, produzir e ganhar muito dinheiro para sustentar o que conquistamos. Comemos mais e pagamos por isso. Vestimos mais e pagamos por isso. Usamos mais meios de transporte e, é claro, pagamos por isso. Além da quantidade queremos também mais qualidade e, então, também pagaremos mais pela qualidade melhor.

No entanto, os tempos estão difíceis. Quero acreditar e torço para que os planos do gtoverno sejam corretos e, que as medidas recessivas sejam breves, que até o final de 2016 tenhamos a economia nacional em ordem. Tomara que os índices de inflação, desemprego e taxa de desocupados voltem a registrar níveis civilizados. Nada garante que isso irá ocorrer e, por isso, é bom olharmos para trás.

Olhe e verifique como seus pais, com uma vida  muito menos confortável, sem acesso a muito do que existe hoje, puderam viver momentos felizes e de forma saudável. Em muitos casos eles lutaram com menos recursos (e talvez educação)  do que você dispõe hoje. Mesmo assim, eles evoluíram como cidadãos e seres humanos, puderam formar uma  família e criar os filhos.

Analise o seu orçamento, verifique os gastos realmente necessários e estabeleça um plano mínimo de despesas. Faça isso antes que seja obrigado, por necessidade, a buscar um plano de sobrevivência devido à falta de emprego ou mesmo por conta da inflação.

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