8. Senador Gim Argello (PTB-DF) emprega contador no Senado
Data de divulgação
14.fev.2012
O escândalo
O senador Gim Argello (PTB-DF) emprega seu próprio contador no Senado, noticiou "O Globo" em 14.fev.2012.
Segundo o jornal, Cícero Gomes é sócio da Capcon Contabilidade LTDA e foi contratado como assessor do Senado. "Entre 2009 e 2011, chegou a ficar lotado como motorista da Terceira Secretaria do Senado, enquanto atuava na contabilidade do parlamentar", afirmou a reportagem.
"Para encontrar o assessor, o melhor lugar é o escritório de contabilidade, em Taguatinga, região administrativa de Brasília. Na última segunda-feira, o Globo telefonou ao gabinete às 17h, com o objetivo de conversar com Cícero, mas não o encontrou. De início, a secretária questionou, em tom de surpresa: "Cícero?" Em seguida, lembrou do assessor e disse que ele não estava e que não poderia informar em quais horários ele poderia ser encontrado", publicou o jornal.
O salário de Cícero Gomes no gabinete de Gim Argello, segundo "O Globo", é de R$ 3,2 mil. O texto disse ainda que ele estava dispensado de bater ponto –mesma situação de 35 dos 48 funcionários comissionados de Argello.
Outro lado
"O Globo" publicou que falou com o contador de Argello ao telefone. Para isso, foi necessário telefonar para o escritório de contabilidade. "Cícero estava na empresa, segundo relata, fazendo cópias do Imposto de Renda do senador. Disse que "não responde por nada lá" no escritório, tocado pela filha e por outra funcionária, e ressaltou que se "desligou" quando assumiu a vaga no Senado", informou o jornal.
"Tenho uma empresa de contabilidade, mas eu não faço qualquer tipo de serviço. Não vejo incompatibilidade. Eu não respondo pela empresa. Por lei, sou proibido de assinar documento pela Capcon. Desde quando eu tomei posse, eu me desvinculei da Capcon. Sou sócio cotista. Está declarado do Imposto de Renda e também no Senado", disse o contador, segundo a reportagem. "Não tenho horário. Fico à disposição dele [Gim Argello], para representá-lo em qualquer lugar".
O jornal publicou ainda que o chefe de gabinete de Argello, Luiz Paulo Costa, disse: "Para mim, se tiver que dispensar funcionário, ele fica aqui. Ele me ajuda na contabilidade da verba indenizatória, na verificação de CNPJ de associações. Consultamos a Primeira Secretaria e não há problemas com a situação dele. Ele me ajuda com bastante responsabilidade. Pelo serviço dele, acho que é mal remunerado em relação ao mercado".
O que aconteceu?
Nada.