ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

13. Rubens Otoni (PT-GO) é suspeito de receber dinheiro de Cachoeira

 

Data de divulgação
9.mar.2012

O escândalo
A versão online da coluna "Radar" da revista "Veja" publicou em 9.mar.2012 vídeos que associam o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal em fevereiro de 2012 suspeito de integrar esquema de corrupção.

Segundo a coluna, os vídeos revelam que Cachoeira "abasteceu o caixa dois de uma campanha petista em Goiás". No primeiro vídeo, Cachoeira oferece R$ 100 mil "para ajudar o petista [Rubens Otoni] e insinua já ter contribuído com a mesma quantia para o candidato em outra oportunidade", publicou a coluna. No segundo vídeo, "Cachoeira ensina ao petista – que concorda com todas as frases ditas – como proceder com o dinheiro".

O envolvimento de Rubens Otoni com Cachoeira já havia sido exposto pelo jornal "Correio Braziliense" em 4.mar.2012, quando publicação noticiou também que Demóstenes Torres (na época senador pelo DEM-GO) havia conversado por telefone 298 vezes, de fev.2011 a ago.2011, com Cachoeira. As conversas haviam sido grampeadas pela Polícia Federal. O texto do "Correio" está disponível para assinantes.

O jornal escreveu o seguinte: "O PT adotou uma postura de cautela diante da divulgação das relações de amizade entre Demóstenes e Cachoeira". A publicação também transcreveu frase do líder do PT no Senado na época de divulgação do caso, Walter Pinheiro (BA). Ele disse que seu partido não faria "com eles [com a oposição, representada por Demóstenes] o que eles fazem com a gente [governistas]". O petista ainda disse: "Claro que uma ligação com o Cachoeira nunca é uma boa asa, mas temos de aguardar".

Outro lado
O deputado Rubens Otoni (PT-GO) afirmou que os vídeos divulgados após a prisão de Cachoeira em 2012 mostram conversas filmadas em 2004, quando foi candidato a prefeito de Anápolis, cidade próxima a Brasília, no interior do Goiás.

"O petista conta que lideranças políticas e empresariais de Goiás o procuraram para ajudar Cachoeira a reerguer a Vitapan, sua empresa de produtos farmacêuticos", relatou a coluna "Radar" da revista "Veja". "Como não ajudou Cachoeira durante aquele período, Otoni diz que virou desafeto do bicheiro. Há anos, o petista diz ser chantageado com a possibilidade de divulgação dos vídeos". "Não recebi um real dele. Isso é perseguição", disse o deputado, segundo publicado pela coluna de "Veja".

O que aconteceu?
A Corregedoria da Câmara dos Deputados passou a investigar o deputado Rubens Otoni (PT-GO). Mas em 11.jul.2012, mesmo dia em que o Senado cassou o mandato de Demóstenes Torres, a Corregedoria arquivou a representação contra Rubens Otoni, segundo noticiou a "Folha".

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