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Remédio controlado terá reajuste máximo de 5,91%

26/02/2009 09h48

São Paulo - O reajuste dos medicamentos de venda controlada, aqueles obrigatoriamente prescritos por receita médica, deve ser maior que os 4,6% de 2008, mas a previsão é que fique abaixo de 5,91%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União de ontem a fórmula de cálculo dos reajustes, que entram em vigor a partir de 31 de março.

A conta considera, além do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, ganhos de produtividade e nível de participação de medicamentos genéricos nas vendas. Desde 2005, o reajuste máximo tem sido igual ou menor que o valor do IPCA acumulado nos 12 meses anteriores ao reajuste. Este ano, segundo projeção da LCA Consultores, o índice deve terminar fevereiro acumulado em 5,91%.

Para Laura Comparini, economista da LCA, o aumento deve ficar abaixo desse patamar. Ela observa que a alta das matérias-primas da indústria farmacêutica, de acordo com o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) para 12 meses deve fechar fevereiro em 3,6%. "Isso mostra que os fabricantes não enfrentam pressão sobre os custos." Segundo ela, a crise econômica mundial deve funcionar como inibidor natural dos reajustes. O governo também deve ser mais cauteloso ao autorizar os aumentos por causa dos sinais de arrefecimento da economia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

AE