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Escolha do plano de saúde vai além do preço

26/10/2009 13h30

São Paulo - O barato sai caro. A máxima popular também vale para planos de saúde. Profissionais que acompanham o setor afirmam que o preço é importante, mas está longe de ser um fator decisivo para a contratação. O corretor Antonio Martins diz que antes da escolha definitiva o consumidor deve analisar as necessidades de quem irá utilizar o plano. A abrangência geográfica é uma delas.

Na opinião de Martins, o contratante deve definir de antemão se precisa de um plano com cobertura nacional ou não. "É importante para quem viaja muito." Ele ressalta que a localização da rede de atendimento é outro item fundamental. "Não é recomendável a pessoa ter um plano no qual, para ser atendida, tenha de se submeter a grandes deslocamentos", acredita.

O corretor também menciona o preço como uma variável que pode causar problemas. Ele afirma que há empresas que cobram menos e oferecem redes de atendimento que parecem amplas mas, na prática, restringem o atendimento a determinadas intervenções, como ocorrências em pronto-socorro. Ele lembra que, em contrapartida, há planos mais caros, mas que oferecem cobertura mais ampla geograficamente e serviços diferenciados, como retirada e entrega de exames ou transporte em emergências.

Daniela Tretel, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), afirma que a avaliação da ANS não garante a qualidade dos planos das operadoras. Ela diz que antes de decidir é importante verificar se há alguma ação da ANS de fiscalização na empresa. A informação pode ser obtida no site (www.ans.gov.br) ou pelo telefone 0800 7019656.

Ela recomenda, ainda, uma leitura detalhada do contrato antes da assinatura para conferir a cobertura e a localização da rede credenciada. "Depois de assinado o documento, a empresa é obrigada a fornecer lista atualizada com os endereços". Ela afirma que promessas de pré-venda só terão validade se por escrito. As informações são do Jornal da Tarde.

AE