Passageiros vindos de países com ebola terão que medir temperatura
Brasília - Passageiros procedentes de países afetados por Ebola terão de se submeter a uma aferição da temperatura corporal e responder um questionário assim que desembarcarem no País, durante o processo de imigração. Somente depois de o procedimento ser realizado é que vão receber o passaporte, que será entregue por autoridades sanitárias.
As mudanças foram informadas nesta sexta-feira, 31, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e pelo secretário de Vigilância Epidemiológica, Jarbas Barbosa.
O procedimento, que será realizado em postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começou nesta sexta-feira no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, aeroporto que responde por dois terços de todas as chegadas de pessoas procedentes das áreas afetadas.
A implantação nos demais aeroportos será feita de forma progressiva e deverá ser concluída até novembro nos Aeroportos de Viracopos, em Campinas, do Galeão, no Rio, no Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, no de Brasília e no de Salvador.
Os viajantes serão informados que o sistema de saúde no País é de acesso universal e gratuito, algo que, na avaliação de Barbosa, pode derrubar qualquer tipo de inibição para procurar assistência.
No material informativo, também é indicado o local para onde ele deve se encaminhar, caso apresente algum sintoma. "Passageiros terão reforçadas as informações sobre a doença, os locais de assistência."
"Mas além do serviço para passageiros, o material informativo facilitará o trabalho das equipes de saúde para confirmar ou descartar a suspeita", disse Barbosa. Isso porque o documento traz dados do passageiro, o voo de procedência e a data de desembarque, informações importantes para avaliar se o paciente preenche os quesitos necessários para se enquadrar na definição de casos suspeitos. O folder virá em português, inglês, espanhol e francês.
Barbosa ressaltou que o número de passageiros procedentes de países afetados pelo ebola é muito pequeno. Diariamente, chegam ao Aeroporto Internacional de Guarulhos cerca de 40 mil passageiros internacionais diariamente. "Dos países com transmissão da doença, durante todo ano, vieram 529", disse Barbosa.
O ministro da Saúde afirmou que a abordagem aos passageiros é fundamentalmente de informação. A temperatura será medida por meio de um aparelho que se assemelha uma pistola. "A abordagem tem como objetivo também facilitar o trabalho da equipe de saúde e contornar qualquer eventual barreira de comunicação", disse Chioro.
Não há voo direto desses países para o Brasil. Geralmente, pessoas vindas dessas regiões fazem escala no Marrocos. Barbosa considera fundamental a entrevista realizada antes de o passageiro embarcar, ainda nos países africanos.
Depois de a Organização Mundial de Saúde decretar emergência sanitária mundial por causa da epidemia, em agosto, aeroportos dos três países passaram a analisar passageiros que embarcam em voos internacionais, para identificar aqueles que eventualmente apresentem sinais da infecção. Desde então, cerca de 70 mil pessoas foram entrevistadas.
"Acreditamos que seja muito pequeno o risco de o paciente liberado na primeira entrevista apresentar algum sintoma 24 horas depois, quando desembarcar", disse.
O secretário ressaltou, no entanto, que, mesmo que a medida seja adotada, ela não tornará o País imune ao aparecimento da doença. "Nenhuma ação isolada é suficiente. Nenhuma barreira, por mais bem feita é infalível."
O secretário de Vigilância em Saúde reforçou que o scanner de temperatura, aparelho usado para identificar a temperatura de todos os passageiros que desembarcam, continua sendo considerado ineficaz. "Esse tipo de controle já foi usado em outras ocasiões, como Síndrome Respiratória Aguda e não trouxe bons resultados."
Chioro lembrou que a medida que agora passa a ser adotada é pontual, dirigida a pessoas procedentes de áreas de risco. "Mais importante que a medição de temperatura é a informação."
Caso durante a entrevista o viajante informe ter tido contato com alguma pessoa infectada, ele será monitorado por profissionais de vigilância estadual de saúde e terá temperatura verificada diariamente.
As mudanças foram informadas nesta sexta-feira, 31, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e pelo secretário de Vigilância Epidemiológica, Jarbas Barbosa.
O procedimento, que será realizado em postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começou nesta sexta-feira no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, aeroporto que responde por dois terços de todas as chegadas de pessoas procedentes das áreas afetadas.
A implantação nos demais aeroportos será feita de forma progressiva e deverá ser concluída até novembro nos Aeroportos de Viracopos, em Campinas, do Galeão, no Rio, no Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, no de Brasília e no de Salvador.
Os viajantes serão informados que o sistema de saúde no País é de acesso universal e gratuito, algo que, na avaliação de Barbosa, pode derrubar qualquer tipo de inibição para procurar assistência.
No material informativo, também é indicado o local para onde ele deve se encaminhar, caso apresente algum sintoma. "Passageiros terão reforçadas as informações sobre a doença, os locais de assistência."
"Mas além do serviço para passageiros, o material informativo facilitará o trabalho das equipes de saúde para confirmar ou descartar a suspeita", disse Barbosa. Isso porque o documento traz dados do passageiro, o voo de procedência e a data de desembarque, informações importantes para avaliar se o paciente preenche os quesitos necessários para se enquadrar na definição de casos suspeitos. O folder virá em português, inglês, espanhol e francês.
Barbosa ressaltou que o número de passageiros procedentes de países afetados pelo ebola é muito pequeno. Diariamente, chegam ao Aeroporto Internacional de Guarulhos cerca de 40 mil passageiros internacionais diariamente. "Dos países com transmissão da doença, durante todo ano, vieram 529", disse Barbosa.
O ministro da Saúde afirmou que a abordagem aos passageiros é fundamentalmente de informação. A temperatura será medida por meio de um aparelho que se assemelha uma pistola. "A abordagem tem como objetivo também facilitar o trabalho da equipe de saúde e contornar qualquer eventual barreira de comunicação", disse Chioro.
Não há voo direto desses países para o Brasil. Geralmente, pessoas vindas dessas regiões fazem escala no Marrocos. Barbosa considera fundamental a entrevista realizada antes de o passageiro embarcar, ainda nos países africanos.
Depois de a Organização Mundial de Saúde decretar emergência sanitária mundial por causa da epidemia, em agosto, aeroportos dos três países passaram a analisar passageiros que embarcam em voos internacionais, para identificar aqueles que eventualmente apresentem sinais da infecção. Desde então, cerca de 70 mil pessoas foram entrevistadas.
"Acreditamos que seja muito pequeno o risco de o paciente liberado na primeira entrevista apresentar algum sintoma 24 horas depois, quando desembarcar", disse.
O secretário ressaltou, no entanto, que, mesmo que a medida seja adotada, ela não tornará o País imune ao aparecimento da doença. "Nenhuma ação isolada é suficiente. Nenhuma barreira, por mais bem feita é infalível."
O secretário de Vigilância em Saúde reforçou que o scanner de temperatura, aparelho usado para identificar a temperatura de todos os passageiros que desembarcam, continua sendo considerado ineficaz. "Esse tipo de controle já foi usado em outras ocasiões, como Síndrome Respiratória Aguda e não trouxe bons resultados."
Chioro lembrou que a medida que agora passa a ser adotada é pontual, dirigida a pessoas procedentes de áreas de risco. "Mais importante que a medição de temperatura é a informação."
Caso durante a entrevista o viajante informe ter tido contato com alguma pessoa infectada, ele será monitorado por profissionais de vigilância estadual de saúde e terá temperatura verificada diariamente.
Lígia Formenti
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