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Inquietação diminui os riscos de saúde de quem fica sentado muito tempo

Ficar sentado por horas sem nem ao menos mexer a perna aumenta risco de mortalidade - Thinkstock
Ficar sentado por horas sem nem ao menos mexer a perna aumenta risco de mortalidade Imagem: Thinkstock

26/09/2015 06h00

Se você é uma pessoa que não para quieta nem quando está sentada, saiba que esse é um bom sinal. Talvez você incomode alguns colegas com o incessante balanço da sua perna na cadeira, mas um novo estudo afirma que movimentos relacionados com a inquietação podem combater os efeitos negativos de ficar muito tempo sentado (como em uma aula ou no trabalho).

De acordo com uma pesquisa publicada no periódico American Journal of Preventive Medicine (publicação científica sobre medicina preventiva), o aumento de risco de mortalidade por ficar sentado por longos períodos só foi encontrado em pessoas que se definiram como sendo calmas ou ‘muito ocasionalmente inquietas’.

Os pesquisadores das Universidades de Leeds e UCL, na Inglaterra, relatam que não encontraram aumento do risco de mortalidade por ficar muito tempo sentado em pessoas mais ativas, que se consideraram inquietas ou muito inquietas.

As universidades analisaram 35 mil mulheres do Reino Unido com uma grande diversidade de padrões alimentares e idades entre 35 e 69 anos.

“Nossos resultados apoiam a tese de que o melhor é evitar ficar sentado por muito tempo e descobrimos que até pequenos movimentos podem oferecer a pausa necessária para fazer a diferença na sua vida”, afirmou o coautor Gareth Hagger-Johnson, da UCL, em comunicado à imprensa.

Mesmo com recomendações que todos já estão cansados de saber, como investir em atividades físicas e dormir ao menos oito horas por noite, é comum que adultos passem a maior parte do dia (cerca de 15 horas) sentados.

Até em casos de pessoas que são fisicamente ativas fora do ambiente de trabalho ou estudo, não ter uma pausa e levantar ou se mexer nas horas em que ficam sentadas pode ser um problema para a saúde.

A coautora do estudo, Janet Cade, é professora da Escola de Ciência dos Alimentos e Nutrição da Universidade de Leeds e afirma que: “Embora sejam necessárias mais investigações sobre o tema, os resultados levam a questionar se as associações negativas para a inquietação - como sendo grosseria ou falta de concentração - devem persistir, já que foi comprovado que esses simples movimentos são benéficos para a nossa saúde”, conclui.