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Entenda o que é o linfoma não-Hodgkin

"Foi um susto, mas estou bem, ao lado de pessoas amadas", escreveu Edson Celulari - Reprodução/Instagram/edsoncelularireal
"Foi um susto, mas estou bem, ao lado de pessoas amadas", escreveu Edson Celulari Imagem: Reprodução/Instagram/edsoncelularireal

Do UOL, em São Paulo

20/06/2016 12h01

O ator Edson Celulari anunciou nesta segunda-feira (20) ter sido diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que surge nos gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos.

Este tipo de linfoma é o mesmo que o ator Reynaldo Gianecchini, a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, enfrentaram.

Os linfonodos são estruturas encontradas no pescoço, nas axilas e nas virilhas, formadas basicamente por glóbulos brancos (células de defesa), que combatem as infecções. 

Quando há uma proliferação desordenada dos glóbulos brancos dos linfonodos, podem aparecer os chamados linfomas --cânceres nas células do sistema linfático.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), existem dois tipos de linfomas: o Hodgkin e o não-Hodgkin. Mas cada categoria abrange inúmeros outros subtipos mais específicos e com comportamentos biológicos e prognósticos diferentes. São mais de 40 variações.

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Não se sabe exatamente o que causa um linfoma. Estudos indicam que pessoas com imunidade comprometida por causa de doenças genéticas, exposição a agentes químicos e altas doses de radiação têm mais chance de ter a doença.

O aparecimento de ínguas (pequenos caroços) nos locais onde há linfonodos pode ser indicativo da doença. Outros sintomas comuns aos linfomas não-Hodgkin são febre, coceira na pele, perda de peso em pouco tempo e suor noturno excessivo. Mas a confirmação do diagnóstico deve ser feita a partir de exames, biópsia e estudo celular. 

Dado o diagnóstico, a doença pode ser tratada com quimioterapia, radioterapia ou ambas. Em certos casos, os médicos podem indicar também a imunoterapia.

O linfoma não-Hodgkin é o que mais incidente em crianças. Mas, de acordo com o Inca, os casos no Brasil duplicaram nos últimos 25 anos, especialmente entre pessoas com mais de 60 anos. Estima-se que neste ano os casos cheguem a 10.240 --5.210 em homens e 5.030 em mulheres.

Segundo o último balanço do Inca, pelo menos 4.154 pessoas morreram por causa da doença (2.303 homens e 1.851 mulheres) em 2013.

As causas deste aumento ainda são desconhecidas.