Você é uma pessoa noturna e sofre para acordar cedo? Sua memória também
Você tem hábitos noturnos e quando precisa acordar às "6h da madrugada" fica perdido e não sabe nem onde está? Calma! A pesquisadora de sono Andrea Smit, da Universidade Simon Fraser, no Canadá, pode explicar a "amnésia" matutina.
Mas antes de tudo é preciso entender que os seres humanos têm ritmos biológicos que afetam suas rotinas. Os ritmos nos informam quando é hora de comer ou dormir, além de influenciar na capacidade de lembrar. Analisando como seu relógio biológico funciona, você pode descobrir se é da turma que acorda com as galinhas ou se vira a noite com as corujas.
Em um estudo recente, Andrea Smit analisou como é a memória dos diferentes cronótipos, a característica de ser diurno ou noturno. "Analisei cronótipos extremos em várias horas do dia para comparar as habilidades de atenção e memória visual de curto prazo. Acompanhei aves matutinas, as lavercas, e corujas noturnas", explicou em entrevista à revista "Scientific American".
As corujas foram piores em suprimir informações visuais e tiveram uma memória visual de curto prazo ruim pelas manhãs, mas iam melhor nos mesmos testes durante a tarde. Segundo Smit, isso mostra que fugir do seu ritmo biológico atrapalha suas funções cognitivas.
Você é ativo durante a noite? Quando alguém perguntar por que está sendo improdutivo às 7h, explique que não é preguiça, mas sim seu cérebro tendo problemas para suprimir informações naquele horário, que vai contra seu ritmo.
Por que você precisa dormir mais
Além de dormir tarde, quando você está com sono fica esquecido e mais devagar? Smit também explica o efeito.
"A pesquisa demonstrou de forma confiável que o desempenho da memória é melhor após episódios de sono e que a privação do sono interrompe a transferência de informações para a memória de longo prazo", explica Smit.
A pesquisadora explica que quando você precisar lembrar informações para uma prova ou reunião, uma boa noite de sono após o estudo ou ensaio garante que você retenha mais conteúdo.
Como um prêmio por dormir bem, Smit afirma que durante "o sono o corpo também limpa os 'desperdícios do cérebro', incluindo proteínas cujo acúmulo é associado ao Alzheimer".
Não mude seus horários o tempo todo
Cuidado com as grandes mudanças nos horários de sono. Viagens longas ou turnos dobrados no trabalho aceleram a perda de memória.
O jetlag crônico, por exemplo, diminui a proliferação celular e a criação de novos neurônios, causando déficit de memória como amnésia retrógrada. Se você não para de viajar pelo mundo, certifique-se de dormir o suficiente e tente não mudar o horário de sono.
Pesquisas como as de Smit são valiosas não apenas para nos preocuparmos em ter uma rotina, mas para nos permitir otimizar nossos cérebros.
Entender o nosso ritmo nos permite aproveitar as horas do dia quando somos programados para sermos mais eficientes e nos encorajar a superar nossos limites (café) quando precisarmos entregar resultados.
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