Sede da Huawei na China é a coisa mais europeia que você vai ver hoje
Prédios de tijolinhos laranjas, casas geminadas, edifícios que parecem castelos, portais neoclássicos, arcos, torres com relógio, fontes com leões que soltam água pela boca... Uma caminhada pelo novo campus da fabricante Huawei na China em nada se parece com a imagem que temos da arquitetura asiática.
O projeto gigantesco da empresa, que conquistou no ano passado o posto de segunda maior vendedora de smartphones do mundo, ainda está em fase de construção e fica localizado em Dongguan, cidade do sul do país.
Ao todo, 25 mil funcionários serão distribuídos em 108 prédios que formam 12 "mini" cidades que relembram a arquitetura de várias regiões emblemáticas da Europa, como Bruges, na Bélgica, Paris, na França, Verona, na Itália.
Segundo o site de notícias CNBC, que esteve recentemente no local, oito dela já foram finalizadas.
Para se descolar entre uma cidade e outra, os funcionários precisam pegar um bonde moderno.
Outra curiosidade é que uma ponte, inspirada na ponte da Liberdade de Budapeste (Hungria), também foi construída para o deslocamento dos colaboradores.
A nova sede da Huawei é uma demonstração do tamanho da fabricante chinesa no mercado de tecnologia.
Fundada em 1987, há anos ela lidera as vendas de equipamentos de telecomunicações e já ultrapassou a Apple em número de vendas de celulares --e começa a ameaçar a Samsung. No Brasil, ela não aparece tanto, por não vender seus smartphones por aqui, mas é peça chave para a infraestrutura de internet que chega ao seu celular --fornece equipamentos tanto para as grandes Vivo, Tim, Claro e Oi quanto para empresas menores e 81% das antenas de celular têm o DNA da chinesa. Esses equipamentos são os responsáveis por transmitir sinal 2G, 3G e 4G.
Apesar desse sucesso, ela passa por uma grave crise de confiança e já foi boicotada por quase 20 países, por acusações de espionagem a mando do governo chinês e de ter mantido negócios no Irã mesmo com sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos.
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