Parentes de vítimas do voo MH370 protestam na China
PEQUIM, 25 Mar 2014 (AFP) - Parentes das vítimas chinesas do voo MH370 da Malaysia Airlines protestaram diante da embaixada da Malásia em Pequim, pouco depois da Austrália ter anunciado a suspensão, em consequência do mau tempo, da busca do avião que caiu no Oceano Índico em 8 de março.
"Meu filho, meu filho. Devolvam meu filho", gritava um homem que integrava o grupo de 200 familiares dos 153 passageiros chineses do avião reunidos diante da representação diplomática.
"Exigimos o retorno dos nossos. O governo malaio é assassino", gritaram os manifestantes, que exibiam cartazes e camisas com referências à tragédia.
O embaixador da Malásia na China, Iskandar Sarudin, foi insultado quando visitou os parentes no hotel em que estão hospedados desde o anúncio da tragédia.
Muitos familiares estão convencidos de que o governo da Malásia escondeu a verdade e exigem provas de que o avião caiu no mar, como anunciou na segunda-feira o primeiro-ministro malaio Najib Razak.
A Malaysia Airlines anunciou que no momento adequado levará os parentes das vítimas à costa australiana, de onde partem as operações de busca.
Na Austrália, a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA) anunciou a suspensão das buscas por destroços do avião em consequência de um forte temporal com ventos, chuva e ondas gigantes.
"A AMSA realizou uma avaliação dos riscos e determinou que as circunstâncias climáticas atuais são perigosas para qualquer atividade de busca por mar e ar, com risco para as tripulações", afirma um comunicado divulgado em Perth, costa oeste da Austrália.
Na Malásia, os jornais publicaram edições de luto e apoio aos parentes e amigos das vítimas.
"MH370 R.I.P (descanse em paz)", afirma a primeira página do principal jornal em língua inglesa do país, The Star. As letras da frase estavam compostas com os nomes das 239 pessoas que estavam a bordo do avião, mais de dois terços delas chinesas.
"Boa noite, MH370", afirma o New Straits Times, também na primeira página, com uma referência incisiva às últimas palavras recebidas pelos controladores aéreos em Kuala Lumpur em 8 de março, e pronunciadas pelo copiloto da aeronave ("Tudo bem, boa noite").
Na segunda-feira, o governo da Malásia confirmou que o avião de passageiros caiu no mar, por razões ainda desconhecidas, e que não há esperanças de encontrar sobreviventes.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, afirmou que uma nova análise dos dados de satélite sobre a trajetória do voo permitiram determinar a última posição em águas muito afastadas da costa oeste da Austrália, muito longe de qualquer local para um possível pouso.
As imagens de satélites australianos, chineses e franceses registraram objetos flutuando à deriva entre o extremo sudoeste da Austrália e a Antártida.
Na segunda-feira, um avião australiano que participa na missão de busca, observou dois objetos flutuando no sul do Oceano Índico. Um navio seguiu para a região para tentar recuperá-los.
Caso os destroços detectados ao sul do Índico sejam do avião da Malaysia Airlines, a busca pode ser mais complicada que a do AF447 da Air France (Rio de Janeiro-Paris que caiu no Oceano Atlântico em junho de 2009), pois a região fica a milhares de quilômetros das costas australianas e registra ondas grandes e ventos fortes.
burs-fmp/fp
"Meu filho, meu filho. Devolvam meu filho", gritava um homem que integrava o grupo de 200 familiares dos 153 passageiros chineses do avião reunidos diante da representação diplomática.
"Exigimos o retorno dos nossos. O governo malaio é assassino", gritaram os manifestantes, que exibiam cartazes e camisas com referências à tragédia.
O embaixador da Malásia na China, Iskandar Sarudin, foi insultado quando visitou os parentes no hotel em que estão hospedados desde o anúncio da tragédia.
Muitos familiares estão convencidos de que o governo da Malásia escondeu a verdade e exigem provas de que o avião caiu no mar, como anunciou na segunda-feira o primeiro-ministro malaio Najib Razak.
A Malaysia Airlines anunciou que no momento adequado levará os parentes das vítimas à costa australiana, de onde partem as operações de busca.
Na Austrália, a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA) anunciou a suspensão das buscas por destroços do avião em consequência de um forte temporal com ventos, chuva e ondas gigantes.
"A AMSA realizou uma avaliação dos riscos e determinou que as circunstâncias climáticas atuais são perigosas para qualquer atividade de busca por mar e ar, com risco para as tripulações", afirma um comunicado divulgado em Perth, costa oeste da Austrália.
Na Malásia, os jornais publicaram edições de luto e apoio aos parentes e amigos das vítimas.
"MH370 R.I.P (descanse em paz)", afirma a primeira página do principal jornal em língua inglesa do país, The Star. As letras da frase estavam compostas com os nomes das 239 pessoas que estavam a bordo do avião, mais de dois terços delas chinesas.
"Boa noite, MH370", afirma o New Straits Times, também na primeira página, com uma referência incisiva às últimas palavras recebidas pelos controladores aéreos em Kuala Lumpur em 8 de março, e pronunciadas pelo copiloto da aeronave ("Tudo bem, boa noite").
Na segunda-feira, o governo da Malásia confirmou que o avião de passageiros caiu no mar, por razões ainda desconhecidas, e que não há esperanças de encontrar sobreviventes.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, afirmou que uma nova análise dos dados de satélite sobre a trajetória do voo permitiram determinar a última posição em águas muito afastadas da costa oeste da Austrália, muito longe de qualquer local para um possível pouso.
As imagens de satélites australianos, chineses e franceses registraram objetos flutuando à deriva entre o extremo sudoeste da Austrália e a Antártida.
Na segunda-feira, um avião australiano que participa na missão de busca, observou dois objetos flutuando no sul do Oceano Índico. Um navio seguiu para a região para tentar recuperá-los.
Caso os destroços detectados ao sul do Índico sejam do avião da Malaysia Airlines, a busca pode ser mais complicada que a do AF447 da Air France (Rio de Janeiro-Paris que caiu no Oceano Atlântico em junho de 2009), pois a região fica a milhares de quilômetros das costas australianas e registra ondas grandes e ventos fortes.
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