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Aviões russos bombardeiam hospital de campanha na Síria e deixam 13 mortos

Em Beirute

21/10/2015 14h18

Um bombardeio de aviões russos deixou 13 mortos em um hospital de campanha no noroeste da Síria, informou uma ONG.

"Treze pessoas morreram nos ataques aéreos russos na terça-feira em um hospital de campanha na localidade de Sarmine, na província de Idleb, incluindo um fisioterapeuta, um guarda e um membro da Defesa Civil", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O estabelecimento foi "consideravelmente danificado" pelos ataques, confirmou à AFP uma enfermeira da Syrian-American Medical Society (SAMS), que administra o local.

"Ontem, por volta das 13h00 (8h00 de Brasília), uma estrutura da SAMS perto de Sarmine, Idleb, foi atingida. De acordo com informações preliminares do campo, perdemos dois funcionários do hospital, um fisioterapeuta e um enfermeiro".

Falando sob condição de anonimato, a fonte não confirmou se o ataque foi realizado por aviões russos.

O ministério da Defesa russo indicou nesta quarta-feira que ataques foram realizados em Sarmine, mas não mencionou o hospital.

A força aérea russa realizou desde o início de sua intervenção militar na Síria, em 30 de setembro, mais de 500 ataques que mataram mais de 370 pessoas, incluindo pelo menos 127 civis, de acordo com OSDH.

Aliado do regime de Damasco, Moscou diz que ataca o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e "outros terroristas", mas o Ocidente e seus aliados o acusam de atacar quase exclusivamente as províncias onde o regime conduz operações contra a oposição considerada moderada, e onde o EI não está presente.

SAMS havia indicado em um comunicado nas últimas semanas que ataques aéreos atingiram um de seus hospitais na província de Hama (centro), "causando danos consideráveis" ao centro e ferindo funcionários.

Um jornalista e ativista sírio, Maamoun al-Khatib, afirmou recentemente à AFP que os ataques russos haviam atingido dois hospitais na província de Aleppo (norte).

Desde março de 2011, o conflito desencadeado pela repressão de manifestações pedindo reformas já matou mais de 250.000 pessoas e forçou a fuga de milhões de sírios.