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Ministro da Saúde embarca para Manaus neste domingo para visitar hospitais

22.abr.2020 - O ministro da Saúde, Nelson Teich, durante entrevista coletiva sobre a crise do coronavírus - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
22.abr.2020 - O ministro da Saúde, Nelson Teich, durante entrevista coletiva sobre a crise do coronavírus Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

03/05/2020 12h08

O ministro da Saúde, Nelson Teich, e o secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, embarcam na tarde deste domingo para Manaus. Na capital amazonense eles se reúnem ainda hoje com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e com o prefeito Arthur Virgílio (PSDB).

Ainda em Manaus nesta segunda-feira (4) eles visitam serviços de saúde, como o Hospital Delphina Rinaldi Abdel Azir, o Hospital de Campanha Municipal e o Hospital de Retaguarda Nilton Lins. Na agenda também está prevista ainda visita às instalações do Comando Militar da Amazônia.

Em seu Twitter, o ministro disse que vai acompanhar de perto a situação do estado, que está entre os com maior incidência do novo coronavírus no país.

Números

Segundo boletim divulgado ontem pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o Amazonas registrou mais 339 casos da doença, totalizando 6.062 casos confirmados do novo coronavírus no estado. O número de mortes subiu para 501.

Dos 6.062 casos confirmados no Amazonas, 3.658 são de Manaus (60,3%) e 2.404 do interior do estado (39,6%). 64 óbitos estão em investigação e 31 foram descartados para o novo coronavírus.

Semana passada, em videoconferência da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto afirmou que o isolamento social é um fracasso na cidade e que o sistema de saúde entrou em colapso pelo crescimento de casos na capital.

Agentes funerários fazem traslado de corpo em Manaus - Pablo Trindade/Agif/Estadão Conteúdo - Pablo Trindade/Agif/Estadão Conteúdo
Agentes funerários fazem traslado de corpo em Manaus
Imagem: Pablo Trindade/Agif/Estadão Conteúdo

Ele frisou que antes da pandemia a média era de 32 enterros por dia na capital e agora já chegaram a 140 sepultamentos em um só dia.

"O sistema de saúde colapsou, pois suas capacidades de atendimento estão sendo muito rapidamente esgotadas. Então as respostas não são as que nós idealmente gostaríamos de oferecer", declarou.

Neste sábado, dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) levaram à capital amazonense uma grande quantidade de equipamentos de proteção individual e outros materiais de saúde para serem distribuídos para a rede hospitalar do estado.