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Após reforma, Prefeitura de SP reabre Feira da Madrugada

19/12/2013 08h40

São Paulo - Fechada havia sete meses para reformas, a Feira da Madrugada, no Pari, região central de São Paulo, vai reabrir hoje. O centro de comércio popular obteve o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, documento que atesta a segurança e possibilita o funcionamento do comércio.

A feira foi fechada em 8 de maio por causa do risco de segurança. A medida causou protestos de comerciantes da área central de São Paulo, que chegaram a bloquear a Avenida do Estado em diversas ocasiões.

"Quem viu a feirinha há um ano e vê hoje não tem o que reclamar. Estava todo mundo correndo risco de vida", disse nesta quarta-feira, 18, o prefeito Fernando Haddad (PT). "Nós tivemos a coragem de fechar e reformar. Estamos abrindo com condições de segurança. Temos capacidade de estacionamento para mais de 300 ônibus hoje", disse.

O espaço terá capacidade para cerca de 4 mil boxes. Segundo comerciantes, o local tinha 4.561 vagas, concentradas nas mãos de 2,9 mil ambulantes. Como agora só será permitido um boxe por trabalhador, novas vagas estarão disponíveis. "Isso vai nos abrir uma oportunidade inédita na história de São Paulo. Nós teremos cerca de 2 mil boxes vazios", afirmou Haddad. Segundo ele, os boxes vagos serão sorteados entre camelôs que estão do lado de fora do centro de compras.

A feira já estava aberta nesta quarta para que comerciantes fizessem os preparativos. De acordo com Ailton Vicente de Oliveira, de 49 anos, presidente da Federação do Comércio Popular do Estado de São Paulo e integrante da comissão de implementação da feira, agora deve acabar a venda irregular de boxes. "O Termo de Permissão de Uso é intransferível. Não pode doar, vender, acabou a situação antiga", disse.

Oliveira afirmou que a lista de comerciantes da feira foi publicada no Diário Oficial da Cidade e os contemplados terão de pagar taxa de R$ 910. Posteriormente, segundo ele, será cobrada uma mensalidade, ainda não definida.

A reforma da feira foi anunciada no dia 30 de abril pela Prefeitura, após uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE). O procedimento é baseado em relatório de março do Corpo de Bombeiros, que apontou irregularidades, como extintores vencidos, corredores estreitos e saídas de emergência bloqueadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.