Manifestantes entram em confronto com a polícia em BH
Manifestantes e policiais militares protagonizaram um princípio de confronto durante manifestação em Belo Horizonte. O protesto, que conta com cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), começou de forma pacífica no início da tarde, mas quando os manifestantes se aproximaram do relógio da Copa, na Praça da Liberdade, um grupo começou a atirar rojões em direção ao cerco policial montado em volta da estrutura.
Os militares revidaram com bombas de efeito moral. Houve muita correria, mas até o meio da tarde não havia registro de prisões ou feridos.
Segundo o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da PM, coronel Ricardo Machado, duas pessoas foram presas na região próxima à Praça Sete de Setembro, no Centro, onde houve a concentração.
De acordo com o oficial, os suspeitos foram flagrados com socos ingleses e máscaras. Desde o fim da manhã, o esquema de segurança na região havia sido reforçado.
O protesto foi organizado por meio de redes sociais da internet e conta com a participação de integrantes de diversas entidades sindicais e movimentos sociais, como o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac) e Mulheres em Luta e Central Sindical Popular (CSP), entre outros.
Durante todo o ato, os manifestantes exibiam faixas, cartazes e gritos contra a Copa, o governo e até pedindo a "readmissão dos metroviários em São Paulo" demitidos por causa da greve da categoria.
"Essa é uma coisa boa. Do jeito que foi feita (a organização da Copa), não foi uma coisa justa", avaliou o estudante norte-americano Anderson Mayes, de 22 anos, que está na capital mineira há 29 dias em razão de um intercâmbio na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e aderiu ao protesto.
Durante a concentração, manifestantes queimaram a bandeira do Brasil na Praça Sete, mas o clima no início era de festa, inclusive com um grupo batendo bola na praça e, depois, na avenida Afonso Pena, uma das principais da cidade, que teve o tráfego fechado nos dois sentidos.
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