Casal diz ter sido vítima de homofobia em mercado de SP
O auxiliar de qualidade Luciano Gois, de 22 anos, e o namorado, que preferiu não divulgar o nome, foram ao supermercado Extra Aricanduva acompanhados de amigos após a partida entre Brasil e Alemanha, na terça-feira, 8. Quando chegaram ao local, cinco deles entraram para fazer compras e outros dez ficaram na área próxima aos caixas. "Estávamos fora do supermercado exatamente porque o grupo era grande e não queríamos causar tumulto", contou Luciano.
Enquanto conversava com os amigos, o casal deu um selinho. O funcionário logo se aproximou do grupo e disse que o casal não poderia se beijar ali. "Ele disse que aquilo era baixaria. Isso revoltou os meus amigos e todo mundo que estava nos caixas ficou nos olhando. Fiquei com vergonha porque a gente não tinha feito nada demais", afirma.
Indignados, os amigos do casal filmaram a conversa com o funcionário. Em diversos trechos, o homem diz que o local "não é apropriado" para o beijo. "Aqui não é lugar para vocês se beijarem e ficarem se abraçando não", diz, no começo do vídeo. Uma moça pergunta, então, se o procedimento seria o mesmo com um casal heterossexual. "Dois homens apenas deram um selinho. Se fosse um homem e uma mulher casados há anos com um filho do lado não seria obsceno", argumenta a moça. E o funcionário diz: "Exatamente". Após essa afirmação, a amiga completa: "Então realmente foi homofobia e preconceito".
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