Rebelião em penitenciária do PR termina após 46 horas
Entre as exigências feitas pelos presos está a remoção de 28 detentos para unidades prisionais do Estado e também de Santa Catarina, que deve acontecer até o final do dia. Os perfis desses criminosos transferidos, porém, não foram detalhados pela Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju).
No primeiro dia, autoridades informaram extraoficialmente que os líderes pudessem pertencer a alguma facção criminosa ou fossem alguns dos presos transferidos de Cascavel após a rebelião ocorrida no mês passado, mas nenhum grupo organizado assumiu a autoria do motim.
A rebelião teve início às 11h30 desta segunda-feira, 13, e foi liderada por 40 presos, que fizeram 12 agentes penitenciários como reféns e outros 60 presos - desse total, três agentes foram liberados, 11 detentos pularam do telhado, dois foram atirados pelos líderes e outro grupo de presos acabou liberado no pavilhão. Os seis presos que continuaram como reféns até o fim do motim cumprem penas por crimes sexuais.
Além da transferência de presos, a troca da direção, o fim a supostos maus tratos e melhorias na alimentação estavam na pauta de exigência dos rebelados.
No início da rebelião, um dos agentes penitenciários foi queimado com cola e outros materiais inflamáveis e teve 40% do corpo ferido Ele precisou ser encaminhado para um hospital próximo e já está liberado.
Quanto aos reféns, os presos fizeram rodízios e a cada hora amarravam algum deles a um para-raios sob a ameaça de serem jogados caso a polícia decidisse invadir o local.
Essa foi a primeira rebelião ocorrida na PIG desde sua fundação, há 15 anos, e já foi considerada uma prisão modelo, pois nela existem atividades de educação, trabalho e ressocialização.
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