Protesto no Rio contra aumento de tarifa é pacífico, mas Batman é rechaçado
O ato permanecia pacífico até as 20h30. A PM não divulgou oficialmente estimativa de público, que era de aproximadamente 2 mil pessoas, segundo organizadores do ato - ou 800, conforme cálculo de um oficial da PM.
Os manifestantes se concentraram a partir das 17h na Cinelândia e seguiram a pé até a Central do Brasil. PMs dos batalhões de Choque e de Grandes Eventos acompanharam a passeata, fazendo um cerco aos ativistas.
Até as 20h30, o único incidente registrado envolvia o protético Eron Melo, que costuma participar de protestos no Rio de Janeiro vestido como Batman e recentemente posou para fotografias ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) durante ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Ele foi rechaçado e agredido por um grupo de ativistas. Batman chegou ao ato por volta das 17h, quando manifestantes caminhavam pela rua Primeiro de Março, e foi recebido aos gritos de "fascista".
Em seguida se envolveu em uma briga com um pequeno grupo de ativistas. Policiais que estavam ao lado não interferiram. "Deixa eles se matarem", comentou um dos PMs. Melo segurava um cartaz com a inscrição "#lutoJeSuisCharlie", que foi arrancado de sua mão durante a confusão.
"Ele foi rechaçado por apoiar o Bolsonaro, que é a favor de bater em mulher, e também porque apoiou um ato em apoio aos militares no ano passado", disse o estudante de Geografia Mateus Rodrigues Queiroz, de 20 anos.
Batman ficou menos de cinco minutos no ato. Ao sair, foi amparado por dois ativistas, enquanto outros manifestantes gritavam "fascista" e "oportunista", entre outras ofensas.
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