Dilma diz que não tem e nem fará reforma ministerial
"Não tem reforma ministerial. Não adianta vocês (imprensa) botarem que tem reforma ministerial porque não tem. Não vou fazer", emendou.
Questionada se devolveria a pasta da Educação para o PT ou a entregaria para o PMDB, Dilma reagiu e respondeu que o MEC "não é dado a ninguém". E acrescentou: "Vou escolher uma pessoa boa para a Educação, e pessoa deste, daquele ou de outro partido". Ela prometeu, no entanto, que fará a nomeação "o mais rápido possível". "Nos próximos quatro anos serão construídas as bases para a educação".
Nessa quarta, 18, após uma tumultuada sessão na Câmara na qual acusou o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser um dos "achacadores" aos quais se referiu em uma fala recente e foi chamado de "palhaço" por parlamentares, o então ministro Cid Gomes foi demitido por Dilma. O PMDB, principal partido aliado, chegou a ameaçar deixar a coalizão governista caso o ex-governador do Ceará não deixasse a Esplanada dos Ministérios.
Dilma foi questionada há pouco se a Secretaria de Comunicação Social - que produziu um documento alegando que o governo vive um "caos político" - também poderia trocar de mãos. "Estou fazendo uma alteração pontual no MEC. Eu não tenho perspectiva de alterar nada nem ninguém", afirmou Dilma. "Mas as circunstâncias às vezes obrigam você a alterar, como foi o caso da Educação", acrescentou.
Ela rechaçou o teor do texto elaborado pela Secretaria de Comunicação Social, hoje comandada por Thomas Traumann. A redação aponta uma comunicação "errada" e "errática" do Palácio do Planalto. "Estou dizendo que (o documento) não foi discutido dentro do governo. Não é um texto oficial do governo e o governo não o reconhece".
A presidente evitou responder sobre sua relação com a base do governo, hoje conflagrada no Congresso. Mas exemplificou que, na elaboração das propostas de refinanciamento de dívidas de clubes em troca de regras de governança, houve amplo diálogo e o governo teve capacidade de "escutar todos os lados".
Outra agenda positiva deve ocorrer na semana que vem, segundo anunciou Dilma. Trata-se de uma nova revisão da lei do Supersimples - sistema de tributação diferenciado para pequenas empresas - que traga faixas de transição entre os diferentes faturamentos que definem o recolhimento de impostos que resultem no "fim do abismo fiscal".
"O Brasil tem hoje todas as condições para superar este momento de dificuldades e encontrar caminhos sustentáveis", resumiu.
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