Alemão ferido em explosão no Rio diz a médicos que foi torturado
O alemão Markus Bernard Maria Müller, 51, afirmou aos médicos que o socorreram ter sido torturado por um assaltante, que teria ameaçado explodir o apartamento. Ele morava sozinho no prédio em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, onde uma explosão destruiu lajes e causou a interdição total da área na manhã de segunda-feira (18). Internado inicialmente no Hospital Miguel Couto, na Gávea, o alemão continua em estado grave, agora no Hospital Pedro II, em Santa Cruz.
"Ele chegou dizendo que um homem teria entrado no apartamento querendo um relógio Rolex dourado e dinheiro. E ficou à noite o torturando com uma faca, provocando lesões pelos braços e no corpo. Depois disso, ameaçou que iria explodir tudo", disse à "TV Globo" o diretor do Hospital Miguel Couto, Luiz Alexandre Essinger.
De acordo com Essinger, o alemão contou que o assaltante "teria dado a ele uma bebida avermelhada, antes de dizer que explodiria tudo". Para os médicos, a história tanto pode ser verdadeira como indicar um surto psicótico. Dois porteiros prestaram depoimento anteontem à Polícia Civil e afirmaram que, na noite de domingo, Müller chegou sozinho em casa e não recebeu visitas.
Outro aspecto não esclarecido é o aumento repentino do consumo de gás no apartamento. Nos sete dias anteriores à explosão, chegou a 30 metros cúbicos - a média nos últimos meses não passava de 6 m³. Na avaliação dos técnicos, essa variação não configuraria vazamento por falha de manutenção.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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