Alckmin nega acordo com líder de facção
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), criticou o jornal "O Estado de S. Paulo" ao negar que o governo paulista tenha feito acordo com o Primeiro Comando da Capital (PCC) para cessar os ataques a policiais em 2006. Ele disse que a reportagem "desinforma o leitor".
Depoimento de um delegado da Polícia Civil, obtido pela reportagem, mostra que representantes da cúpula do governo estadual fizeram um acordo com o chefe do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para pôr fim à onda de ataques da facção criminosa no Estado, em maio de 2006.
Em Sorocaba, no interior do Estado, para a entrega de viaturas ao Corpo de Bombeiros, junto com o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, Alckmin disse que não era o governador na época dos ataques - ele havia renunciado para concorrer à Presidência da República e deixou o governo do Estado com seu vice na época, Claudio Lembo.
RDD
"São Paulo não tem acordo nenhum com o crime. Até lamento que o jornal 'O Estado de S. Paulo' tenha desinformado seus leitores, porque quem estabelece Regime Disciplinar Diferenciado, o RRD, não é o Executivo, é o Judiciário. Quem diz se determinado líder do crime fica 30 dias, 90 dias ou um ano (isolado) é o Judiciário, não o governo."
Alckmin se referia a outra reportagem publicada na terça-feira (28) pelo jornal "O Estado de S. Paulo" sobre o tema, mostrando que, depois do acordo, embora tenha planejado matar o governador e arquitetado um plano de fuga usando helicóptero, Marcola não voltou mais para o Regime Disciplinar Diferenciado, o mais duro do sistema prisional paulista.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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