Reorganização afeta 80% dos colégios ocupados por alunos
A tabulação foi feita pela reportagem com base em informações do portal da SEE. Às 20h30 de quinta-feira, 26, o número de escolas tomadas subiu para 182, mas a pasta não informou quais as unidades invadidas. As ocupações começaram no dia 9 deste mês. A reorganização prevê fechar colégios, criar ciclos únicos e transferir 311 mil alunos.
Das escolas com previsão de fechamento, 27 foram invadidas - um terço dos prédios a serem desativados. Além disso, 92 unidades ocupadas terão só ciclo único e outras 20 que oferecem ensinos fundamental 1 e 2 e médio vão fechar um deles.
É o caso do colégio da aluna Otília Balades, de 18 anos. "Estamos ocupando porque não concordamos com a reorganização. Não fomos consultados por ninguém. Aluno, pai, professor, nada", disse ela, que está no 3º ano do ensino médio da escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste. A unidade vai ofertar apenas o ensino médio.
Para a estudante Laís de Souza Santos, de 17 anos, é a qualidade de ensino que motiva os protestos. "Não ocupo só pela minha escola, mas contra a reorganização. Precisamos de mais escolas, não menos", disse a aluna do 3º ano do ensino médio da escola Diadema, que perderá o turno da noite. Ontem, a Vara da Fazenda Pública do município negou reintegração de posse de três escolas.
Repasse
Segundo o governo, as escolas não serão fechadas, mas repassadas para prefeituras. Alckmin e o secretário Herman Voorwald têm dito que os alunos não entenderam a reorganização, parte das ocupações tem motivação política e que a melhoria da qualidade do ensino motiva a reorganização.
"Os alunos não só entenderam a reorganização, como são contra. O problema é que não existe um plano de reorganização, o que dá margem à especulação", disse Ocimar Alavarse, professor da Universidade de São Paulo (USP).
Para o advogado Salomão Ximenes, da Ação Educativa, é "arrogante" a postura do governo de dizer que o movimento não entende o projeto. "Os alunos discordam da forma e do conteúdo. As ocupações de escolas que estão fora da reorganização mostra o efeito em cadeia de um movimento que se expandiu."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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