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Mulher de marqueteiro do PT, Mônica Moura decide fazer delação

Mônica cuidava da parte financeira da agência de Santana - STR/AFP
Mônica cuidava da parte financeira da agência de Santana Imagem: STR/AFP

Em São Paulo

15/03/2016 10h46

A empresária Mônica Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula (2006) e de Dilma (2010 e 2014), decidiu fazer delação premiada. O casal foi preso na operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato.

Mônica ainda não formalizou o acordo. Os termos da colaboração estão sendo definidos com os procuradores com a força-tarefa da Lava Jato.

A mulher de Santana cuidava da parte financeira da Polis Propaganda e Marketing, empresa que fez as campanhas de Dilma. O casal está sob suspeita de recebimento de US$ 7,5 milhões da Odebrecht via offshore no exterior.

Mônica trocou de advogado na semana passada. Ela contratou Juliano Campelo Prestes, que atua em Curitiba, base da Lava jato, onde ela está detida. O advogado fez a delação premiada do lobista Milton Pascowitch --pivô da prisão do ex-ministro José Dirceu, também na Lava Jato.

Santana continuará sendo defendido pelo criminalista Fabio Tofic. A tese da defesa é que Santana atuava apenas na parte de criação da agência.

Além de petistas, Santana fez campanha para Chávez e Maduro

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Nesta segunda-feira (14), foi divulgado que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o juiz Sérgio Moro apresente informações sobre a prisão de Santana. A defesa do publicitário entrou com pedido para que a Suprema Corte anule sua prisão.

A defesa de Santana questiona a autoridade de Moro para conduzir as investigações. A alegação é de que "se trata de apurar a ocorrência de possíveis crimes eleitorais, que envolvem, ao que tudo indica, autoridades detentoras de prerrogativa de foro".

De acordo com os advogados do marqueteiro, as investigações sempre tiveram como objetivo as campanhas eleitorais de Lula e Dilma. Por isso, deveriam ser examinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não pela Justiça Federal do Paraná.