Delator da Sevandija apontou planilha de propina à prefeita de Ribeirão Preto
A Sevandija investiga um esquema de desvios de cerca de R$ 203 milhões em Ribeirão Preto (SP).
Segundo o Ministério Público de São Paulo, por meio da delação de Wagner Rodrigues "foi possível obter a informação de que a planilha da divisão da propina" estaria no escritório de Sandro Rovani, apontado como operador do esquema.
"Realizada a busca, a informação trazida em colaboração premiada se confirmou documentalmente, tendo sido apreendidas algumas planilhas", aponta o aditamento à denúncia da Sevandija, subscrito pelos promotores de Justiça Marcelo Zanin Bombardi, Leonardo Leonel Romanelli e Gabriel Rigoldi Vidal, do Gaeco, núcleo Ribeirão Preto.
O documento aponta ainda outras informações sobre a divisão da propina.
"Em suma, os corruptos prometeram: R$ 7 milhões à prefeita Darcy Vera, R$ 2 milhões a Marco Antonio e R$ 11,8 milhões para Sandro e Wagner dividirem - tendo como contrapartida a elaboração do aditamento fraudulento. Totalizando R$ 20,8 milhões de reais em propina aos agentes públicos e membros do sindicato, agindo em concurso", diz a manifestação da Promotoria de São Paulo.
Além da prefeita, foram presos nesta sexta a advogada Maria Zueli Librandi, o também advogado Sandro Rovani, ambos do sindicato dos servidores públicos municipais. A suspeita é de que eles teriam repassado recursos de honorários arrecadados em uma ação que movimentou R$ 800 milhões para políticos da cidade, entre eles a prefeita.
Outro preso é Marco Antônio Santos, ex-superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão de Preto (DAERP), considerado um dos operadores do esquema.
Defesa
"A prefeita afastada de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD) 'tem certeza' de que não é culpada pelas acusações que a levaram à prisão, na Operação Mamãe Noel, da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco)", disse sua advogada Maria Cláudia de Seixas. "Ela tem certeza da não culpabilidade nessa situação e tem como provar isso", afirmou a defensora.
O advogado de Rovani, Júlio Mossin, disse que o seu cliente não poderia ser preso, devido a uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que garantiria a sua liberdade. Os advogados dos outros presos não foram localizados.
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