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'É caro e inibe investimentos', diz Doria sobre gratuidades no transporte público

Prefeito eleito de São Paulo, João Doria, criticou a gratuidade no transporte público - Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo
Prefeito eleito de São Paulo, João Doria, criticou a gratuidade no transporte público Imagem: Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

05/12/2016 19h01

Objeto de dúvidas na futura gestão do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), as gratuidades no transporte público foram criticadas pelo tucano durante discurso em plenária da Fecomercio-SP, nesta segunda-feira (5).

Doria afirmou que as gratuidades, que foram impulsionadas na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), têm um custo alto que inibe investimentos no setor de mobilidade na capital paulista. "As gratuidades têm um custo muito alto que inibe até parte dos investimentos que poderiam ser feitos", disse.

A gestão do tucano estuda se vai mantê-las para idosos acima de 60 anos, para estudantes e demais benefícios concedidos por Haddad durante sua administração.

Doria falou que pediu ao presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, um redimensionamento do setor a partir do ano que vem. Ele já prometeu congelar a tarifa de ônibus na cidade em R$ 3,80 no ano que vem. Ainda não há manifestação do governo do Estado se as tarifas também serão congeladas no metrô e nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Empregos

Doria afirmou que não espera retomada da geração de empregos em 2017 na capital paulista e no País. "A crise vai perdurar ano que vem, crescimento de 1% na economia não é suficiente para inibir o desemprego", falou.

Ele disse que a avaliação é que em 2018 haja um crescimento de 3% e 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, margem que para ele é suficiente para estancar o desemprego. Doria prometeu promover ações para gerar empregos.

"Vamos desburocratizar e tirar inúmeras exigências que se impõe na cidade", afirmou o prefeito eleito. O prefeito ainda afirmou novamente que todos aos contratos da Prefeitura vão ser reavaliados, com o objetivo de reduzir os custos em 15% em todas as contratações. "Os contratos vão ser honrados, mas terão redução de 15%. Vai ter que fazer um sacrificiozinho."

Impostos

O prefeito eleito afirmou também que não vai haver redução de impostos ou desonerações para o setor privado em sua gestão. "O que vai ter é eficiência na aplicação dos impostos", disse. Também prometeu que não vai haver aumento de impostos, a não ser pela correção inflacionária.