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Planalto determina retirada 'imediata' de cartazes de campanha de trânsito

Cartaz da campanha "Gente boa também mata", do Ministério dos Transportes - Reprodução/Twitter
Cartaz da campanha "Gente boa também mata", do Ministério dos Transportes Imagem: Reprodução/Twitter

Em Brasília

04/01/2017 23h32

Após polêmica em torno da nova campanha de segurança no trânsito, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) determinou a retirada "imediata" dos cartazes que foram distribuídos em mobiliários urbanos de várias cidades do país.

O material será substituído por outras peças publicitárias. A campanha original trazia o slogan "Gente boa também mata" sobre fotos de pessoas que praticam boas ações. A ideia era mostrar que qualquer um pode cometer imprudências no volante.

"Ao levar essas peças para o cartaz, houve um equívoco. A comunicação não foi bem-feita. Por isso, determinamos a retirada desses cartazes", afirmou o secretário de Comunicação da Presidência, Márcio Freitas. "Fizemos uma reunião com a agência e determinamos a imediata substituição deles. A agência já está providenciando isso", completou.

Segundo ele, a substituição das peças não vai acarretar em novos custos para o governo. Freitas ressalta ainda que as mudanças só deverão ocorrer no material impresso. O vídeo que integra a campanha deverá ser mantido.

Procurado pela reportagem, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, disse que a campanha não foi idealizada pela pasta. "É uma campanha produzida e gestada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. A comunicação do Ministério só teve acesso ao vídeo, que, no contexto, é bom. O que deu problema, o que polemizou, foram as peças apresentadas de forma isolada", afirmou.

Lessa acompanhou a repercussão da campanha desde o fim de semana, por meio de pesquisas internas. "O monitoramento mostra que é uma campanha polêmica e com muito mais efeito negativo do que positivo. Por isso, liguei para o Márcio Freitas na segunda-feira (2) e disse que, na minha opinião, a campanha tinha que ser retirada, mas a Secom defendeu a manutenção", ressaltou o ministro.

"Ontem à tarde voltei a procurá-lo, porque é o ministério que está na linha de tiro. Eles se comprometeram a mudar as peças dessa primeira etapa. Solicitei também que eles retirassem a assinatura do ministério. Eles retiraram e estão mudando as peças", emendou.