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Supertufão deixa mais de 70 mortos e causa devastação nas Filipinas

Tufão interrompe comunicações e a eletricidade em diversas áreas, arranca telhados e derruba postes de energia elétrica - Dave Responte / AFP
Tufão interrompe comunicações e a eletricidade em diversas áreas, arranca telhados e derruba postes de energia elétrica Imagem: Dave Responte / AFP

19/12/2021 10h41Atualizada em 19/12/2021 13h18

MANILA, 19 DEZ (ANSA) - Ao menos 73 pessoas morreram nas Filipinas na tragédia provocada pela passagem do tufão mais forte a atingir o país este ano, segundo dados oficiais divulgados hoje.

O fenômeno, que nas últimas horas atravessou as regiões sul e centro do território filipino, também fez mais de 300 mil cidadãos fugirem de suas casas e resorts à beira-mar.

O "supertufão" interrompeu comunicações e a eletricidade em diversas áreas, arrancou telhados e derrubou postes de energia elétrica. As autoridades tentam agora distribuir comida e água às ilhas devastadas.

O governador da ilha turística de Bohol (centro), Arthur Yap, anunciou, na sua página no Facebook, que 63 pessoas morreram na sua província, enquanto nas ilhas Dinagat há registro de 10 mortes. O número de vítimas pode aumentar à medida que as equipas de resgate chegarem às áreas afetadas pelo tufão.

"As comunicações continuam cortadas. Apenas 21 de 48 municípios entraram em contato conosco", afirmou.

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau alertaram já que o Rai vai entrar "na zona de alerta de 800 quilômetros de Macau na segunda-feira", prevendo que a tempestade enfraqueça gradualmente, apesar de ainda existirem "grandes incertezas quando à sua intensidade".

O tufão é registrado particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre julho e outubro.

Há muito tempo, a comunidade científica tem alertado para a crescente intensidade destes fenômenos, relacionada com o aumento do aquecimento global. O tufão Rai foi a 15ª e uma das mais mortais tempestades tropicais a atingir as Filipinas neste ano. (ANSA)