Colômbia planeja incluir ecstasy em lista de drogas descriminalizadas
A ministra da Justiça da Colômbia, Ruth Stella Correa, anunciou que o ecstasy será incluído na lista de drogas que deve ser descriminalizada no país, segundo o projeto de lei que o governo planeja enviar em breve ao Congresso.
A proposta do governo substituiria as leis atuais, que criminalizam o uso de maconha e da cocaína, embora a posse em pequenas quantidades seja tolerada.
O projeto faz parte de uma nova política do governo para combater o uso e o tráfico de entorpecentes.
Um dos maiores produtores de drogas do mundo, a Colômbia vem sofrendo nas últimas décadas com crimes relacionados ao tráfico internacional.
A inclusão do ecstasy nas drogas descriminalizadas, no entanto, é motivo de crítica por parte de opositores.
A declaração da ministra ocorreu após encontro com uma comissão que discute a política de drogas adotada pelo país na última década.
Um dos integrantes é o ex-presidente César Gavíria, que faz parte de um movimento internacional que defende a descriminalização das drogas, com o apoio do ex-colega brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
O movimento argumenta que a chamada "guerra às drogas", lançada nos anos 1980, só aumentou a violência no continente e não reduziu o consumo.
Negócio
Críticos da descriminalização das drogas argumentam que a nova lei só vai facilitar o consumo e aumentar a violência. Já aliados do governo, como o Partido Verde, argumentam o contrário.
"O problema na Colômbia é com drogas como maconha e cocaína", disse o senador Roy Barreras à Rádio Caracol. "As rotas do tráfico de drogas dependem fundamentalmente da cocaína, e a descriminalização no mundo só daria fim ao negócio."
A inclusão do ecstasy na lista das drogas toleradas também causa confusão sobre outros entorpecentes como a metanfetamina, também sintética. Outros argumentam que a heroína também deveria ser incluída.
A política de drogas na Colômbia ganhou nova abordagem após a Suprema Corte decidir, há dois anos, que o pequeno porte de entorpecentes para uso pessoal não era passível de punição.
O governo do presidente Juan Manuel Santos também tem mostrado uma posição mais liberal sobre o tema, abrindo o debate na sociedade colombiana.
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