UE quer distribuir 40 mil refugiados entre Estados-membros
Proposta de absorver migrantes faz parte da nova política de refugiados da UE, que prevê sistema de cotas para países do bloco europeu; Alemanha receberá maior contingente
A União Europeia (UE) pretende deslocar, nos próximos dois anos, 40 mil refugiados para aliviar a Itália e a Grécia, segundo proposta apresentada em Bruxelas nesta quarta-feira (27).
O plano faz parte de uma nova política de refugiados da UE, cuja "agenda de imigração" prevê um sistema de cotas. Entre os critérios para a distribuição dos refugiados nos diversos países europeus estão o número de habitantes, o PIB e a taxa de desemprego.
O projeto de lei da Comissão Europeia deverá ser aprovado e implementado até o final do ano. Enquanto a Alemanha aprova a sugestão, o Reino Unido, a França e diversos países da Europa Central e do Leste rejeitam o projeto.
Os migrantes em questão vêm principalmente da Síria e da Eritreia. Segundo o projeto, a comissão pretende distribuir pelos países europeus, inicialmente, 24 mil refugiados da Itália e 16 mil da Grécia nos próximos 24 meses.
A proposta prevê ainda que outros 20 mil refugiados, abrigados em campos fora da União Europeia, devam ser distribuídos entre os diversos países-membros da UE.
Segundo o esquema de cotas, a Alemanha deverá receber o maior número de refugiados (18%), seguida da França (14%) e da Itália (12%).
A Dinamarca não deve participar. Reino Unido e França podem escolher se querem tomar parte no projeto. Já em meados de maio, o governo em Londres expressou sua rejeição a qualquer proposta da Comissão Europeia com vista à implementação de um sistema compulsório de cotas.
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