Protesto de curdos contra Erdogan leva 30 mil a Colônia
Milhares de cidadãos de origem curda protestaram neste sábado (03/09) em Colônia, no oeste da Alemanha, contra o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Durante o ato, mais de mil policiais estavam presentes para evitar confrontos com nacionalistas turcos.
Na manifestação, que contou com cerca de 30 mil pessoas, foram mostradas várias bandeiras com o rosto do preso Abdullah Öcalan, fundador e líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como grupo terrorista pela União Europeia e EUA.
Sob o lema "Contra a ditadura e pela igualdade de tratamento", o protesto foi realizado no mesmo lugar que, no dia 31 de julho, cerca de 40 mil pessoas de origem turca se encontraram para expressar apoio a Erdogan após o fracassado golpe militar na Turquia.
A manifestação deste sábado tinha sido convocada pela organização Nav-Dem, considerada pelos serviços secretos alemães como próxima ao PKK, e contou com a participação de Selahattin Demirtas, líder do partido esquerdista e pró-curdo HDP, quarta força no parlamento turco.
Em comunicado, a Nav-Dem, que pede a resolução do conflito curdo por meios "pacíficos e democráticos" e defende Öcalan como interlocutor perante Ancara, tinha encorajado os milhares de curdos residentes na Alemanha a irem a Colônia para protestar contra o poder "ditatorial" de Erdogan após o fracassado golpe de Estado e contra os ataques às milícias curdas na Síria.
Na concentração foram ouvidos gritos a favor da liberdade de Öcalan, preso na Turquia desde 1999 após ser condenado à pena de morte e depois ter a sentença alterada para a prisão perpétua.
O chefe da polícia de Colônia, Jürgen Mathies, instou que os participantes protestassem e expressassem suas opiniões de forma pacífica, e pediu que evitassem qualquer tipo de provocação.
FC/efe/epd/dpa
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