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Bélgica vive dia de luto pelas 22 crianças mortas em acidente

Jovem acende vela, em frente à escola Sint Lambertus, em Heverlee, na Bélgica, em homenagem às vítimas - Yves Logghe/AP
Jovem acende vela, em frente à escola Sint Lambertus, em Heverlee, na Bélgica, em homenagem às vítimas Imagem: Yves Logghe/AP

Em Bruxelas

16/03/2012 04h01

A Bélgica vive nesta sexta-feira (16) um dia de luto pelas vítimas do acidente de um ônibus na Suíça, de onde começarão a chegar os corpos dos 28 falecidos, sendo 22 crianças.

O governo federal decretou um dia de luto em todo o país, que respeitará um minuto de silêncio às 7h de Brasília. "Nosso país vive um de seus momentos mais tristes. Três meses depois da catástrofe de Liège, nosso país é golpeado duramente de novo. Vivemos uma tragédia nacional", disse na quinta-feira o primeiro-ministro belga, Elio di Rupo.

Durante o dia de hoje, os primeiros corpos das vítimas começarão a chegar à Bélgica a bordo de um avião militar C-130 Hércules que viajou na tarde de quinta-feira à Suíça.

As cidades de Lommel e Heverlee, onde se encontram as escolas das crianças envolvidas no acidente, deverão sediar cerimônias em homenagem a elas.

Ontem à noite, 2,5 mil pessoas celebraram uma vigília em uma praça de Lommel para lembrar as crianças mortas.

A escola Sint-Lambertus, em Heverlee, chora nove mortos (sete crianças e dois adultos acompanhantes) e 17 feridos, dois deles com gravidade.

À exceção dos dois motoristas mortos, o restante das vítimas procede da escola 't Stekske, na cidade de Lommel, de onde eram 17 dos falecidos (15 crianças e dois adultos) e sete feridos, dois deles com lesões graves.

Após descartar o excesso de velocidade e a fadiga do motorista, as autoridades suíças não deram pistas sobre as possíveis causas do acidente, mas uma investigação conjunta do diário suíço "Aargauer Zeitung" e do belga "Het Laatste Niews" indicou que o motorista se dispunha a trocar um DVD pouco antes da tragédia.

A companhia dona do veículo - Toptours - descartou essa hipótese em entrevista coletiva, e ressaltou que a autópsia provou que o motorista não havia ingerido bebidas alcoólicas.