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Operadora de Fukushima admite vazamento de água radioativa no mar

22/07/2013 22h35

Tóquio, 23 jul (EFE).- A Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora da central de Fukushima, palco de um grave acidente nuclear em 2011, admitiu ter detectado pela primeira vez o vazamento de água radioativa dos porões da usina ao mar.

"Queremos oferecer nossas mais sinceras desculpas. Fizemos todo o possível para impedir que a água tóxica saísse da usina", detalhou um porta-voz da companhia, em declarações publicadas nesta terça-feira (data local) pelo jornal "Nikkei".

Apesar de seu anúncio, a TEPCO considera que a quantidade de água radioativa despejada no mar é muito limitada e ocorreu na zona do porto situado frente às unidades da central, isolada do mar aberto.

Neste sentido, a elétrica não espera que a detecção desta água contaminada no mar provoque um impacto significativo para o meio ambiente.

A TEPCO começou a suspeitar da possibilidade que estivesse vazando água radioativa ao mar após detectar líquido contaminado nos poços de observação situados entre as unidades nucleares e o porto da central com até 9 mil becquereles por litro de césio-134 e 18 mil becquereles por litro de césio-137.

Nesta linha, no início do mês, a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão já anunciava sua "firme suspeita" que a água radioativa concentrada nos porões da acidentada usina nuclear estava vazando ao solo e ao mar.

Atualmente, a principal preocupação nos trabalhos para desmantelar a usina é o acúmulo de água contaminada no subsolo dos edifícios que abrigam os reatores nucleares, líquido que aumenta diariamente pelo vazamento de água subterrânea proveniente das zonas contíguas.

Para isolá-lo, a elétrica conta dentro do complexo nuclear com cerca de mil contêineres nos quais armazena este água radioativa, parte da qual utiliza, uma vez retirada o sal e as partículas radioativas, para esfriar os reatores

Após o acidente nuclear de Fukushima em 2011, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3,5 mil trabalhadores lutam diariamente na central japonesa para dar por concluída a crise atômica, um trabalho que pode se prolongar durante os próximos 30 ou 40 anos. EFE

jpf/rsd