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TEPCO começa extração de água subterrânea radioativa para reduzir vazamentos

09/08/2013 08h06

Tóquio, 9 ago (EFE).- A empresa que opera a usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), começou a retirar nesta sexta-feira a água altamente contaminada dos porões dos reatores, com o objetivo de reduzir o vazamento do líquido no mar.

Em comunicado, a companhia anunciou o início dos trabalhos para extrair a água subterrânea, contaminada com altos índices de trítio e estrôncio, em um dos poços instalados entre os reatores e o mar.

O anúncio acontece dois dias depois de o governo japonês advertir que a usina, o foco da crise nuclear no Japão, despeja diariamente cerca de 300 toneladas de água radioativa subterrânea no mar, que estão vazando dos porões dos reatores.

A TEPCO começou a preparar a maquinaria necessária para realizar a extração do líquido no começo desta semana, e a companhia afirmou que após o início do sistema de bombeamento não ocorreu "nenhum tipo de anomalia, a água parou de vazar".

Na operação, a TEPCO retira a água subterrânea de um dos poços que utiliza para recolher as amostras de líquido analisadas, e a armazena em um depósito de 2,5 metros de diâmetro que está perto do reator 2.

Com esse sistema, é capaz de extrair até 0,18 toneladas por minuto de água subterrânea, detalhou a empresa.

Além disso, a TEPCO trabalha para preparar um sistema de encanamento na área do porto, em frente aos reatores, que deve estar pronto em meados deste mês e que permitirá extrair até 100 toneladas do líquido subterrâneo por dia.

Outra medida que a empresa avalia para reduzir a água radioativa subterrânea é a de despejar água com baixos índices de radiação no mar situado em frente à central, isolado do Oceano por diques e um quebra-mar, informou hoje o jornal "Nikkei".

Além disso, o governo já mostrou seu apoio para ampliar as ajudas à TEPCO em sua estratégia de construir muros de proteção através de um processo complexo de congelamento do solo.

Atualmente, a maior preocupação da TEPCO é lidar com a água acumulada nos porões dos edifícios dos reatores, que aumenta num ritmo de 400 toneladas diárias pelo vazamento de água subterrânea que vem de áreas próximas e fica contaminada após entrar nos reatores.