Autoridades dos EUA temem que número de mortos em deslizamento chegue a 90
Cristina García Casado e Jorge A. Bañales.
Washington, 28 (EFE).- As autoridades dos Estados Unidos admitiram nesta sexta-feira que esperam pelo "pior" depois de uma semana do deslizamento de terra ocorrido no sábado passado em uma região rural do estado de Washington, na costa oeste do país, e temem que o balanço final de vítimas se aproxime de 90, o número total de desaparecidos estimados até o momento.
O diretor-executivo do condado de Snohomish, Gary Haakenson, considerou tal possibilidade na última entrevista coletiva desta sexta-feira, a poucas horas de completar uma semana daquela que já pode ser considerada a pior catástrofe natural do estado de Washington no último século.
Durante a entrevista era esperado o anúncio de um "aumento substancial" no número de mortos, mas as autoridades mantiveram o mesmo em 25 porque o processo de identificação feito pelos médicos legistas está muito devagar devido às duras condições nas quais são recuperados os corpos.
"Queremos manter as esperanças, mas acho que em um determinado momento teremos que esperar pelo pior", disse Haakenson.
Os únicos cinco sobreviventes encontrados até o momento, que estão internados em estado grave em um hospital local, foram resgatados no sábado nas primeiras horas depois da catástrofe e, desde então, não foi encontrado nenhum sinal de vida.
Por isso, na medida em que os dias vão passando, autoridades, equipes de resgate, familiares e moradores perdem a esperança de encontrar mais alguém com vida. Com isso, teme-se que o número final de mortos se aproxime de 90 - o número de pessoas que ainda são consideradas como desaparecidas - e que muitos dos corpos jamais serão recuperados.
O número oficial de mortos, por enquanto, é de 26, com 17 corpos recuperados, entre eles o de uma criança de quatro anos, enquanto os outros mortos foram apenas localizados.
A chuva e o vento dificultaram hoje mais um dia dos trabalhos de busca na zona, que se transformou em um amontoado de escombros, árvores e lama após a avalanche de terra.
"As condições meteorológicas não nos favorecem hoje", explicou o chefe do Corpo de Bombeiros do Condado Snohomish, Travis Hots, na entrevista coletiva da manhã.
Hots detalhou que os ventos atingiriam cerca de 32 km/h na área durante o dia e que, por causa da chuva que não para, os geólogos avaliam constantemente o risco de novos deslizamentos.
Essas condições também dificultam as estimativas do balanço de vítimas. As autoridades trabalham com base na informação que cerca de 180 pessoas viviam no local do acidente no pequeno povoado de Oso, localizado a 60 quilômetros de Seattle, uma das principais cidades do país.
Na segunda-feira, em menos de 24 horas, o número oficial de mortos passou de oito para 14 e o de desaparecidos de 18 para 108 e, pouco depois, para 176.
As autoridades reduziram na quarta-feira o número de desaparecidos para 90, mas admitiram que a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida, pois não se sabe se estavam em Oso no momento da catástrofe.
O Serviço Meteorológico Nacional informou hoje que a inundação no local continuará até que o novo canal que vai abrindo o rio seja profundo o suficiente para que ocorra a drenagem do lago formado após o acidente.
Nos dias seguintes ao acidente foram divulgados vários documentos, estudos geológicos e comunicados governamentais que mostram, segundo a imprensa local, que tanto os moradores da região como as autoridades conheciam o risco de um deslizamento de terra.
David Montgomery, um geólogo da Universidade de Washington (Seattle), lembrou hoje que em 2006 ocorreu um deslizamento significativo nesse mesmo lugar, e informou que a orografia da região é formada por "estruturas com argila na base e sedimentos de terra frouxa e areia no topo".
"A água das chuvas se infiltra nas estruturas e quando chega à base argilosa não tem mais para onde ir, deslocando massas e criando depósitos de fluidos", explicou, segundo a imprensa local.
Apenas metade das casas destruídas eram habitadas permanentemente, já que a população de Oso é variável, um dos fatores que alimentavam até agora as esperanças das autoridades de que o número de desaparecidos incluísse pessoas que não estavam no local no momento do acidente.
A avalanche de lama que soterrou as casas dessa pequena área rural aconteceu no pior horário possível, a manhã de um sábado, já que a maioria das pessoas estavam dentro de suas residências e não no trabalho ou nas escolas, como teria ocorrido em um dia útil.
Washington, 28 (EFE).- As autoridades dos Estados Unidos admitiram nesta sexta-feira que esperam pelo "pior" depois de uma semana do deslizamento de terra ocorrido no sábado passado em uma região rural do estado de Washington, na costa oeste do país, e temem que o balanço final de vítimas se aproxime de 90, o número total de desaparecidos estimados até o momento.
O diretor-executivo do condado de Snohomish, Gary Haakenson, considerou tal possibilidade na última entrevista coletiva desta sexta-feira, a poucas horas de completar uma semana daquela que já pode ser considerada a pior catástrofe natural do estado de Washington no último século.
Durante a entrevista era esperado o anúncio de um "aumento substancial" no número de mortos, mas as autoridades mantiveram o mesmo em 25 porque o processo de identificação feito pelos médicos legistas está muito devagar devido às duras condições nas quais são recuperados os corpos.
"Queremos manter as esperanças, mas acho que em um determinado momento teremos que esperar pelo pior", disse Haakenson.
Os únicos cinco sobreviventes encontrados até o momento, que estão internados em estado grave em um hospital local, foram resgatados no sábado nas primeiras horas depois da catástrofe e, desde então, não foi encontrado nenhum sinal de vida.
Por isso, na medida em que os dias vão passando, autoridades, equipes de resgate, familiares e moradores perdem a esperança de encontrar mais alguém com vida. Com isso, teme-se que o número final de mortos se aproxime de 90 - o número de pessoas que ainda são consideradas como desaparecidas - e que muitos dos corpos jamais serão recuperados.
O número oficial de mortos, por enquanto, é de 26, com 17 corpos recuperados, entre eles o de uma criança de quatro anos, enquanto os outros mortos foram apenas localizados.
A chuva e o vento dificultaram hoje mais um dia dos trabalhos de busca na zona, que se transformou em um amontoado de escombros, árvores e lama após a avalanche de terra.
"As condições meteorológicas não nos favorecem hoje", explicou o chefe do Corpo de Bombeiros do Condado Snohomish, Travis Hots, na entrevista coletiva da manhã.
Hots detalhou que os ventos atingiriam cerca de 32 km/h na área durante o dia e que, por causa da chuva que não para, os geólogos avaliam constantemente o risco de novos deslizamentos.
Essas condições também dificultam as estimativas do balanço de vítimas. As autoridades trabalham com base na informação que cerca de 180 pessoas viviam no local do acidente no pequeno povoado de Oso, localizado a 60 quilômetros de Seattle, uma das principais cidades do país.
Na segunda-feira, em menos de 24 horas, o número oficial de mortos passou de oito para 14 e o de desaparecidos de 18 para 108 e, pouco depois, para 176.
As autoridades reduziram na quarta-feira o número de desaparecidos para 90, mas admitiram que a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida, pois não se sabe se estavam em Oso no momento da catástrofe.
O Serviço Meteorológico Nacional informou hoje que a inundação no local continuará até que o novo canal que vai abrindo o rio seja profundo o suficiente para que ocorra a drenagem do lago formado após o acidente.
Nos dias seguintes ao acidente foram divulgados vários documentos, estudos geológicos e comunicados governamentais que mostram, segundo a imprensa local, que tanto os moradores da região como as autoridades conheciam o risco de um deslizamento de terra.
David Montgomery, um geólogo da Universidade de Washington (Seattle), lembrou hoje que em 2006 ocorreu um deslizamento significativo nesse mesmo lugar, e informou que a orografia da região é formada por "estruturas com argila na base e sedimentos de terra frouxa e areia no topo".
"A água das chuvas se infiltra nas estruturas e quando chega à base argilosa não tem mais para onde ir, deslocando massas e criando depósitos de fluidos", explicou, segundo a imprensa local.
Apenas metade das casas destruídas eram habitadas permanentemente, já que a população de Oso é variável, um dos fatores que alimentavam até agora as esperanças das autoridades de que o número de desaparecidos incluísse pessoas que não estavam no local no momento do acidente.
A avalanche de lama que soterrou as casas dessa pequena área rural aconteceu no pior horário possível, a manhã de um sábado, já que a maioria das pessoas estavam dentro de suas residências e não no trabalho ou nas escolas, como teria ocorrido em um dia útil.
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