Indicada por Trump para Educação responde processo por abuso sexual

Linda McMahon, indicada por Donald Trump para liderar o Departamento de Educação dos EUA, responde a um processo aberto em outubro por suposta exploração sexual de adolescentes.

O que aconteceu

Linda e o marido teriam permitido abusos sexuais cometidos por um funcionário da WWE, uma empresa de luta livre que comandavam na década de 1980. Ela nega as acusações, segundo a CNN Internacional.

As supostas vítimas, que tinham entre 13 e 15 anos na época, trabalhavam com a montagem e desmontagem dos ringues. De acordo com a acusação, os crimes foram cometidos pelo locutor Melvin Phillips Jr., morto em 2012.

O trabalho seria um disfarce para a exploração sexual. Os autores da ação dizem que os abusos eram cometidos na frente de lutadores e executivos, além de serem filmados.

Eles também afirmam que sofreram abusos mental e emocional, como resultado da exploração sexual. "Phillips atraiu e manipulou os garotos com promessas de conhecer lutadores famosos e comparecer aos shows de luta livre altamente populares, experiências que de outra forma seriam inatingíveis para essas crianças", alega a acusação, segundo a CNN.

As supostas vítimas pedem uma indenização de mais de US$ 30 mil (cerca de R$ 174,5 mil). "Este processo civil baseado em alegações de mais de trinta anos está cheio de mentiras escandalosas, exageros e deturpações sobre Linda McMahon", disse a advogada Laura Brevetti. "A Sra. McMahon se defenderá vigorosamente contra este processo infundado e, sem dúvida, finalmente vencerá", acrescentou.

Linda e o marido, Vince, "estão separados há algum tempo", informou a advogada. A defesa dele não se pronunciou.

Quem é Linda McMahon

Presidente eleito dos EUA, Trump anunciou na terça-feira (19) que indicou Linda McMahon para comandar o Departamento de Educação. Ela liderou a Administração de Pequenas Empresas no primeiro mandato do republicano.

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A ex-executiva da WWE é uma das líderes da equipe de transição do republicano. "Linda usará suas décadas de experiência em liderança e profundo conhecimento tanto da educação quanto dos negócios para capacitar a próxima geração de estudantes e trabalhadores americanos e tornar a América o número um em educação no mundo", diz outro trecho do comunicado.

A escolha de Donald Trump ainda tem que ser referendada pelo Senado. A empresária, que comandou por um ano o órgão responsável pelas escolas públicas em Connecticut, deve colocar em prática a visão educacional do republicano, que já falou em remover a "doutrinação de esquerda" das escolas.

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