Topo

Flórida confirma primeiro caso de febre Chikungunya adquirido dentro dos EUA

Em Atlanta

17/07/2014 21h40

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciaram nesta quinta-feira (17) o primeiro caso do vírus de febre Chikungunya adquirido dentro dos Estados Unidos, detectado em uma pessoa na Flórida.

Segundo os CDC, trata-se de um homem que não viajou ao exterior recentemente, por isso a agência federal já investiga como o paciente foi contagiado, e acompanha de perto a possível aparição de novos casos na região.

"A chegada do primeiro caso do vírus de febre Chikungunya, primeiro, na América tropical e, agora, nos Estados Unidos, enfatiza o risco que este e outros patógenos (agente infeccioso) exóticos representam", declarou hoje Roger Nasci, chefe do Departamento de Doenças Arbovírus dos CDC.

O vírus, que é pouco conhecido nos Estados Unidos, há sete meses afeta várias ilhas do Caribe e, mais recentemente, casos foram registrados em vários Estados e territórios dos Estados Unidos, embora, até agora, todos foram em pessoas que tinham viajado para alguma das regiões afetadas.

As autoridades declararam hoje em Porto Rico a existência de uma epidemia de febre Chikungunya na ilha, perante a rápida propagação de um vírus que, até o momento, foi confirmado em 206 pessoas, embora exista a suspeita de que o número de infectados seja o dobro.

O vírus, que provoca sintomas parecidos aos da dengue e é transmitido pelo mesmo mosquito, é comum na África, Ásia e algumas ilhas do Pacífico.

De acordo com dados dos CDC, 243 casos foram registrados em 31 estados e territórios dos Estados Unidos entre pessoas que viajaram ao exterior durante este ano, comparado aos 28 registrados ao todo em 2006.

O vírus chicungunha não tem vacina e provoca febre, fadiga, dor de cabeça e nas articulações, náuseas e erupções cutâneas, sintomas que geralmente aparecem entre o terceiro e o sétimo dia depois da picada e podem se estender por até três semanas, mas raramente é fatal.