Milícias da República Centro-Africana fecham acordo para cessar hostilidades
Nairóbi, 23 jul (EFE).- A coalizão muçulmana Séléka e a milícia cristã Anti-Balaka chegaram a um acordo nesta quarta-feira para pôr fim às hostilidades na República Centro-Africana, anunciou a União Africana.
O acordo foi fechado em Brazzaville após três dias de negociação convocadas para deter uma espiral de violência que causou milhares de mortes e deixou mais de um milhão de deslocados desde março de 2013.
O documento assinado pelos grupos armados expõe uma cessação das hostilidades com entrada em vigor de forma imediata em todo o território da República Centro-Africana.
Durante as conversas, nas quais participaram mais de 170 delegados, entre eles representantes do governo da República Centro-Africana, os representantes de Séléka chegaram a propor uma partilha do país.
Segundo esta proposta, a coalizão muçulmana controlaria uma parte do país, enquanto o resto ficaria em poder das milícias Anti-Balaka, integradas principalmente por animistas e cristãos, a religião majoritária do país.
Fontes próximas à cúpula asseguraram que ambos lados tentaram estabelecer uma nova ordem constitucional propícia a seus interesses, motivo pelo qual a única possibilidade para chegar a um acordo era uma anistia geral.
A presidente do governo de transição centro-africano, Catherine Samba-Panza, tinha pedido "responsabilidade" para levar a paz a seu país, assolado pela violência sectária.
Em 24 de março de 2013, os partidários de Séléka tomaram a capital do país, Bangui, e seu líder, Michel Djotodia, assumiu o poder de forma interina após a fuga do derrubado presidente François Bozizé.
Em dezembro, em espera de eleições que nunca chegaram e tendo sofrido vários abusos da coalizão muçulmana, as milícias cristãs contra-atacaram e a violência sectária se estendeu rapidamente por todo o país.
O caos e a pressão internacional, com uma insuficiente presença de tropas francesas e africanas, derrubaram Djotodia e erigiram Catherine Samba-Panza - até então prefeita da capital - como presidente, o terceiro chefe de Estado em um ano.
O acordo foi fechado em Brazzaville após três dias de negociação convocadas para deter uma espiral de violência que causou milhares de mortes e deixou mais de um milhão de deslocados desde março de 2013.
O documento assinado pelos grupos armados expõe uma cessação das hostilidades com entrada em vigor de forma imediata em todo o território da República Centro-Africana.
Durante as conversas, nas quais participaram mais de 170 delegados, entre eles representantes do governo da República Centro-Africana, os representantes de Séléka chegaram a propor uma partilha do país.
Segundo esta proposta, a coalizão muçulmana controlaria uma parte do país, enquanto o resto ficaria em poder das milícias Anti-Balaka, integradas principalmente por animistas e cristãos, a religião majoritária do país.
Fontes próximas à cúpula asseguraram que ambos lados tentaram estabelecer uma nova ordem constitucional propícia a seus interesses, motivo pelo qual a única possibilidade para chegar a um acordo era uma anistia geral.
A presidente do governo de transição centro-africano, Catherine Samba-Panza, tinha pedido "responsabilidade" para levar a paz a seu país, assolado pela violência sectária.
Em 24 de março de 2013, os partidários de Séléka tomaram a capital do país, Bangui, e seu líder, Michel Djotodia, assumiu o poder de forma interina após a fuga do derrubado presidente François Bozizé.
Em dezembro, em espera de eleições que nunca chegaram e tendo sofrido vários abusos da coalizão muçulmana, as milícias cristãs contra-atacaram e a violência sectária se estendeu rapidamente por todo o país.
O caos e a pressão internacional, com uma insuficiente presença de tropas francesas e africanas, derrubaram Djotodia e erigiram Catherine Samba-Panza - até então prefeita da capital - como presidente, o terceiro chefe de Estado em um ano.
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