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EUA poderiam ter matado Bin Laden antes dos atentados de 11/9

Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos - Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos Imagem: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

De Washington

01/08/2014 03h10

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton (1993-2001) afirmou um dia antes dos históricos atentados contra as Torres Gêmeas de Nova York que poderia ter matado o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, antes do fim de seu mandato.

A afirmação está presente em uma gravação de áudio revelada nesta quarta-feira (30), quase 13 anos depois, por um ex-líder dos liberais australianos, Michael Kroger, que participou de uma reunião com Clinton um dia antes dos atentados de 11 de setembro de 2001.

"Osama bin Laden é um sujeito inteligente, passei muito tempo falando sobre ele e quase o capturamos uma vez. Poderíamos tê-lo matado, mas isso significaria a destruição de uma pequena cidade no Afeganistão, chamada Kandahar, e teria causado a morte de 300 mulheres e crianças", disse o ex-presidente naquela ocasião.

Clinton discursou naquele dia para um grupo reduzido de empresários em Melbourne, na Austrália.

O evento foi gravado com a permissão do ex-presidente, de acordo com Kroger, mas o áudio só foi divulgado na noite da última quarta, quando o australiano o revelou no canal Sky News.

Segundo o relatório da Comissão do 11/9 no Congresso dos EUA, a inteligência americana planejou um ataque com mísseis em 1998 contra Bin Laden, mas o plano foi descartado pelos possíveis efeitos colaterais e porque causaria a morte de cerca de 300 pessoas inocentes.

Alguns membros dos órgãos de inteligência e do Pentágono desprezavam essa estimativa muito alarmista e criticaram o fato de o ataque contra o chefe terrorista não ter sido executado.