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Holanda informa que já identificou 289 vítimas de voo que caiu na Ucrânia

31/10/2014 17h12

Bruxelas, 31 out (EFE).- Os legistas identificaram cinco novas vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu no último dia 17 de julho no leste da Ucrânia, com o que o total de passageiros identificados se eleva a 289 pessoas, informou nesta sexta-feira o governo da Holanda.

Das cinco novas vítimas identificadas, quatro têm nacionalidade holandesa, indicaram as autoridades. A pedido das embaixadas das vítimas estrangeiras, o governo dos Países Baixos não divulga a origem das outras pessoas identificadas.

Um total de 298 passageiros e tripulantes viajava no voo da Malaysia Airlines que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur e que em 17 de julho foi supostamente derrubado por um míssil terra-ar disparado de uma área do leste da Ucrânia controlada pelas milícias pró-Rússia.

O processo de identificação das vítimas, das quais 196 tinham nacionalidade holandesa, continua na base militar de Hilversum, no norte da Holanda.

Os legistas usaram as arcadas dentárias, as impressões digitais e exames de DNA para identificar as vítimas da catástrofe.

Das nove vítimas que ainda não foram identificadas não se encontraram ainda traços de DNA, apesar de o governo holandês espera achar perfis utilizáveis em restos humanos espalhados pelo local do acidente.

No entanto, adverte, "também é possível que os corpos ou restos dos desaparecidos não tenham sido recuperados ainda do local do acidente".

Precisamente hoje, membros da missão holandesa de repatriação das vítimas do acidente do voo MH17 acharam, guiados pelos serviços de emergência locais, novos restos no local da tragédia no leste da Ucrânia.

"Foram achados no lugar onde imediatamente depois do acidente se desencadeou o incêndio da aeronave", explicou Pieter-Jaap Aalbersberg, o responsável pela missão de repatriação.

Os restos humanos recuperados foram levados a Kharkiv, a base logística da missão, onde uma equipe de especialistas efetuará uma análise legista preliminar antes de transportá-los à Holanda.

Aalbersberg afirmou que as condições de segurança no local do acidente continuam sendo "frágeis", com tiroteios a pouca distância de onde trabalhavam os especialistas, em plena área controlada pelos rebeldes pró-Rússia.

Por isso, o retorno de toda a missão ao local do acidente não está previsto, embora a Holanda, que teve que suspender em agosto temporariamente os trabalhos na região porque não podia garantir a segurança da equipe, fará todo o possível para que os especialistas possam voltar, ressaltou o chefe da missão.

A Holanda promoverá em 10 de novembro o "Dia da Lembrança" às 298 vítimas do voo MH17, com a participação dos rei Willem-Alexander e da rainha Máxima.