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Dez agentes morrem em confrontos com combatentes na Tchetchênia

Dois homens analisaram os estragos em um quiosque de um mercado queimado, ao lado de um edifício da empresa de mídia local chamada Casa da Imprensa que foi incendiado nesta quinta-feira (4), no centro de Grozni - Elena Fitkulina/ AFP
Dois homens analisaram os estragos em um quiosque de um mercado queimado, ao lado de um edifício da empresa de mídia local chamada Casa da Imprensa que foi incendiado nesta quinta-feira (4), no centro de Grozni Imagem: Elena Fitkulina/ AFP

Em Moscou

04/12/2014 07h43

Dez policiais morreram e 20 ficaram feridos nesta quinta-feira (4) no transcurso de uma operação contra guerrilheiros islamitas no centro de Grozni, capital da Tchetchênia, informou à agência de notícias "Interfax" uma fonte da polícia nesta república do Cáucaso Norte da Rússia.

Nos confrontos, que se prolongam desde a madrugada, pelo menos sete combatentes armados morreram abatidos pela polícia após haver se entrincheirado na Casa da Imprensa de Grozni e manter um tiroteio com uma patrulha policial.

A operação antiterrorista realizada pelas autoridades tchetchenas continua neste momento em torno de uma escola da capital, onde foi localizado outro grupo de até nove guerrilheiros.

O presidente da Tchetchênia, Ramzan Kadyrov, explicou que a operação começou quando um grupo de combatentes armados que circulavam em três carros pela cidade abriu fogo contra uma patrulha policial que tentou detê-los para comprovar sua documentação.

A polícia tchetchena, segundo Kadyrov, tinha recebido informação operacional acerca que um grupo de terroristas tinha chegado à cidade para preparar uma série de atentados planejados para o próximo dia 12 de dezembro, Dia da Constituição russa.

"Foram tomadas todas as medidas oportunas para frustrar esses planos", assegurou Kadyrov, dizendo que os terroristas chegaram à república vindos de outros territórios da conflituosa região do Cáucaso Norte.

Por outro lado, o porta-voz da operação antiterrorista em Grozni desmentiu os rumores que circulam pela cidade acerca de que um grande grupo de guerrilheiros penetrou na capital da república.

"Falamos de 10 a 11 combatentes. Tudo o mais é uma mentira descarada e desavergonhada", ressaltou o funcionário.

A Tchetchênia, onde as forças de segurança russas enfrentaram grupos terroristas durante uma década (1999-2009), cedeu às vizinhas Daguestão e Inguchétia a consideração de territórios mais instáveis da Rússia.

No entanto, os ativistas dos direitos humanos russos acusam Kadyrov de instaurar um regime policial em seu território.

A conflituosa região do Cáucaso Norte, integrada por sete repúblicas da Federação Russa, é palco de frequentes atentados e confrontos armados entre as forças russas e grupos islamitas.