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EUA retiram últimos 100 membros das Forças Especiais no Iêmen

21/03/2015 12h41

Washington, 21 mar (EFE).- Os Estados Unidos iniciaram a retirada de 100 membros das forças especiais no Iêmen, as últimas tropas que ficavam no país encarregadas de operações antiterroristas, perante a deterioração da situação de segurança, informou neste sábado "CNN".

Os agentes, que estavam na base de Al Anad, no sul do Iêmen, eram os últimos americanos no país depois que Washington anunciou o fechamento de sua embaixada na capital Sana em fevereiro.

De acordo com a emissora americana, que cita fontes militares, estes membros ficaram no país para continuar com as missões antiterroristas que Washington realiza contra Al Qaeda na Península Arábica, radicada no país.

Ontem, no entanto, uma série de atentados no Iêmen, reivindicados pelo Estado Islâmico (EI), deixaram pelo menos 120 mortos e 150 feridos, em três ataques contra mesquitas xiitas na capital, Sana, e a cidade setentrional de Saada.

Trata-se do primeiro ataque reivindicado por EI em território iemenita.

O Iêmen está imerso em um profundo conflito político que ameaça partir o país em dois desde que o movimento rebelde xiita dos houthis tomou o controle da capital, Sana, em setembro de 2014.

Os jihadistas do EI, de confissão sunita, consideram que os clérigos xiitas são infiéis e que seus seguidores são desviados.

Em janeiro deste ano, o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e o governo, renunciaram e deixaram via livre aos houthis para impor sua própria roteiro.

No entanto, um mês depois, Mansur Hadi fugiu à cidade meridional de Áden, desde onde se retratou de sua renúncia, anunciou que se mantinha como presidente legítimo do Iêmen e, com o apoio dos países árabes do Golfo Pérsico, pediu para retomar o diálogo entre os diferentes partidos fora de Sana.

O trágico dia vivido na sexta-feira registrou outro grave episódio com o bombardeio do Palácio Presidencial em Áden, perpetrado pela aviação controlada pelos houthis, e que não deixou vítimas.