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Novo líder da Al Qaeda no Iêmen pede vingança e novos ataques contra os EUA

Em Sanaa

10/07/2015 07h13

O novo líder da Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), Qasim al Rimi, convocou os integrantes do grupo terrorista a lutarem contra os Estados Unidos, país que classificou de "infiel" e "loucura do século", como forma de vingança pela morte de muçulmanos provocadas pelo governo americano.

Em uma gravação de áudio divulgada nas últimas horas em fóruns jihadistas, Al Rimi incitou a realização de novos ataques contra os americanos e afirmou que acabar com o país representará o fim dos inimigos do Islã.

Essa é a primeira mensagem de Al Rimi desde que assumiu a liderança da organização terrorista em meados de junho, após a morte de seu antecessor, Nasser al-Wuhayshi, em um ataque de um drone americano na cidade de Al Mukalla, no sudeste do país.

"Mujahedins, não nos sobra hoje mais do que um inimigo: os Estados Unidos, a loucura do século. Portanto unam vossas espadas contra eles. Se acabarmos com eles não haverá mais inimigo para os muçulmanos", disse.

O extremista afirmou que a 'jihad' é a única solução e saída para toda a humilhação a qual se submeteu a comunidade muçulmana, e destacou que a solução "não está na democracia nem no ateísmo".

Dirigindo-se aos EUA, o novo líder da Al Qaeda na Península Arábica afirmou que os muçulmanos "só morrem lutando" e pediu uma vingança pelo assassinato de seu antecessor.

"Quanto mais matarem de nós, mais nos multiplicaremos", alertou, em referência ao crescimento de afiliações de jihadistas aos grupos terroristas.

Além disso, destacou que o pesadelo dos americanos hoje é o terrorismo, algo que não conseguem combater apesar de todas as políticas e instituições criadas para lutar contra o terror.

Antes de assumir a liderança da AQPA, Al Rimi era o chefe militar do grupo, cargo no qual fez um notável esforço para recrutar uma nova geração de jihadistas e fortalecer as fileiras da organização.

Os EUA consideram a AQPA, com base no Iêmen, um dos braços mais perigosos e ativos da Al Qaeda. Por isso, não interromperam seus ataques com aviões não tripulados ao país nem mesmo durante o atual conflito armado entre rebeldes houthis e forças leais ao presidente exilado Abdo Rabbo Mansour Hadi.